Cubanos de várias gerações recordarão hoje uns dos acontecimentos mais notorios da etapa revolucionária: a viagem realizada ao cosmos faz 32 anos pelo primeiro cosmonauta da América Latina, Arnaldo Tamayo.
Em um dia como hoje, mas de 1980, o atual general de Brigada das Forças Armadas Revolucionárias partiu ao espaço como parte de uma tripulação conjunta cubano-soviética.
O foguete portador que colocaria em órbita a nave Soyuz 38 começou sua trajetória desde o cosmódromo de Baikonur, em Kazajastán, e esta realizou o vôo para o complexo orbital Saliut 6.
Nesse ponto, Tamayo e seu colega de missão, Yuri V Romanenko, reuniram-se com a tripulação residente dessa estação, integrada pelos cosmonautas Leonid Popov e Valeri Riumin.
Grande parte do programa de investigações da missão foi preparado pela Academia de Ciências de Cuba e compreendia tarefas científicas como o cultivo dos primeiros monocristales orgânicos em microgravidade, utilizando açúcar cubano. Também foram efetuados experimentos médico-biológicos, alguns deles sobre as causas da síndrome de adaptação ao espaço, além da exploração de Cuba desde o espaço e sua plataforma continental na busca de minerales e possíveis jazidas petrolíferas.
Concluído o programa de investigações, os cosmonautas transladaram se ao módulo de descenso os materiais dos experimentos e investigações e regressaram à terra o 26 de setembro de 1980.
A seu regresso foi condecorado com a primeira medalha honorífica de Herói da República de Cuba e em Moscou recebeu a Ordem de Lenin e a Estrela de Ouro de Herói da União Soviética, condecoração outorgada pelo governo soviético.
Em uma oportunidade, o primeiro cosmonauta latinoamericano declarou a Prensa Latina que os que tiveram o privilégio de contemplar a pequena Terra desde o espaço estão conscientes da necessidade de seu cuidado.
Assegurou que a Terra é uma nave espacial que leva a bordo a milhões de habitantes, e de não a proteger desapareceremos como espécie.
Sublinhou que o vôo espacial a bordo da Sayuz-38 com seu colega Romanenko “promovido pelo programa Intercosmos- não foi uma façanha pessoal, senão um triunfo de Cuba e da América Latina”.
O 18 de setembro de 1980 Cuba converteu-se no nono país em enviar uma pessoa ao cosmos desde o cosmódromo de Baikonur na extinta União Soviética.
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