“Nós ganhamos o julgamento” (#antiterroristas #Cuba #EUA #cincoherois #bloqueio)

René González, um dos antiterroristas cubanos condenados nos Estados Unidos, qualificou como “um ato de vingança” o julgamento contra ele, Gerardo, Antonio, Fernando e Ramón.

Ao participar na quarta-feira, dia 5, duma videoconferência entre Havana e Washington, por ocasião da 2a. Jornada pela Libertação dos Cinco, lembrou as irregularidades que rodearam o processo legal.

“Este não é um caso em que alguém errou ao aplicar uma lei — alegou René. Estamos falando de um esforço deliberado, metódico, calculado, para violar todo o processo da justiça”.

“Nós ganhamos o julgamento — afirmou. Cada uma das apelações se ganharam, e os que tiveram que aplicá-las burlaram uma e outra vez suas leis, a evidência, os fatos”.

O Herói da República de Cuba lembrou que durante o julgamento jornalistas foram pagos, não apenas para que manipulassem a verdade, mas também para que atuassem como porta-vozes da Procuradoria.

“A manipulação da imprensa em nosso caso é algo que nunca tinha visto. Os jornalistas se dedicaram, inclusive, a ameaçar o júri, a gravar as placas dos carros. O júri se queixou de que tinha medo da imprensa”, disse René.

Igualmente, assegurou que os jornalistas norte-americanos “têm a ordem”  de não falar dos Cinco. “É uma vergonha que numa sociedade que fala tanto de liberdade de imprensa, tenham-lhes ordenado não mencionar um caso, onde todos nós sabemos que testificaram generais, assessores presidenciais, onde se falou de terrorismo, da segurança nacional dos Estados Unidos”.

Para exemplificar a contradição que isso significa, René aludiu a um julgamento de há alguns anos onde acusaram uma senhora de assassinar sua filha, e “a gente pegou férias para ir á Corte, porque a imprensa estava bombardeando com esse tema”.

Lembrou também que, como alternativa legal, é  possível um “decreto executivo” por parte do presidente Barack Obama para que elimine as condenações. “O único que necessita é um pouco de coragem”, enfatizou René, e advertiu que nos Estados Unidos há setores que gostariam de prolongar esta situação, para assim dilatar o conflito entre os dois países.

“Como foi sempre um caso político, eu considero que é uma decisão política, se aplicam a lei ou se continuam burlando-a”, ressaltou.

O Herói cubano agradeceu o esforço dos que organizaram a Jornada nos Estados Unidos, pois “não é fácil mobilizar a sensibilidade humana numa sociedade como a norte-americana. Conseguimos muito, contamos com solidariedade em todos os continentes, agora temos que espalhar toda essa solidariedade nos Estados Unidos”, apontou.

RECLAMO MUNDIAL PELOS CINCO

A videoconferência, a qual assistiu o membro do Bureau Político do Comitê Central do Partido, Ricardo Alarcón, além de familiares dos antiterroristas cubanos, serviu para fazer um resumo das atividades realizadas durante esta 2a. Jornada pela Libertação dos Cinco.

A presidenta do Instituto Cubano de Amizade com os Povos, Kenia Serrano, esclareceu que embora inicialmente se tenham anunciado ações em 34 países, o número aumentou a 55. “Há uma mobilização internacional que o governo de Washington já não pode ignorar”, opinou.

Por seu lado, a coordenadora do Comitê Free the Five dos Estados Unidos, Alicia Jrapko, reconheceu a participação de parlamentares latino-americanos, de um deputado europeu, de escritores, juristas, sindicalistas, artistas e de uma delegação de cubanos residentes em Miami.

“Superaram-se todas as expectativas”, asseverou desde Washington. Pela primeira vez parlamentares se aproximaram do Capitólio para pedir a libertação dos Cinco e foram recebidos por congressistas.

O intelectual franco-espanhol Ignacio Ramonet, também desde Washington, agradeceu a possibilidade de ter participado desta Jornada, e considerou um “escândalo” que a grande mídia estadunidense não tenha informado sobre as atividades que se realizaram, inclusive um protesto em frente da Casa Branca.

Também se referiu à inclusão de Cuba na lista de países patrocinadores do terrorismo, e asseverou que isso “não tem nenhum elemento de credibilidade”.

“Desse ponto de vista, os Estados Unidos estão isolados, ao igual que na manutenção do bloqueio”. Esta Jornada é uma maneira de ajudar a que os cidadãos estadunidenses tomem consciência da injustiça cometida, concluiu.

Autor: tudoparaminhacuba

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