De Marti, o herore nacional de Cuba há muito que aprendert todavia. A trascendencia de Marti que sempre estremecem. Leiam esta terna carta a uma menina. Quanto magisterio.
É como a elegancia, minha María, que está no bom gosto, e não no custo. A elegancia do vestido, -a grande e verdadeira, -está na altivez e fortaleza do alma. Uma alma honrada, inteligente e livre, dá ao corpo mais elegancia, e mais poderío à mulher, que as modas mais ricas das lojas. Muita loja, pouca alma. Quem tem muito adentro, precisa pouco afora. Quem leva muito afora, tem pouco adentro, e quer dissimular o pouco. Quem sente sua beleza, a beleza interior, não procura afora beleza prestada: sabe-se formosa, e a beleza joga luz. Tentará mostrar-se alegre, e agradável aos olhos, porque é dever humano causar prazer em vez de pena, e quem conhece a beleza respeita-a e cuida nos demais e em si. Mas não porá num jarrón de Chinesa um jazmín: porá o jazmín, só e ligeiro, num cristal de água clara. Essa é a elegancia verdadeira: que o copo não seja mais que a flor.
Carta de Martí à menina María Mantilla
Cabo Haitiano, 9 de abril, 1895.