Tomado de Imprensa Latina
A política para Cuba do governo de Donald Trump em Estados Unidos está condenada ao falhanço e se aferra a uma estratégia anacrónica, opinou o intelectual francês Salim Lamrani, num artigo divulgado hoje.
De acordo com o académico e escritor, essa política ‘está condenada ao falhanço e a isolar aos Estados Unidos’, como o ilustra o voto de 2017 na Assembleia Geral da ONU, no qual 191 países condenaram as sanções económicas de Washington contra Havana.
Ao localizar em contexto o tema, Lamrani aseveró que ‘ao voltar a uma política baseada na hostilidade para Cuba, a administração Trump põe fim aos progressos registados durante a presidência de Barack Obama e se aferra a uma estratégia anacrónica’.
O intelectual, autor de vários livros sobre Cuba, ejemplificó as decisões que marcam um retrocesso, como a redução do pessoal da embaixada estadounidense em Havana e a expulsão de diplomatas da representação cubana em Washington, com o pretexto dos supostos ataques acústicos.
A administração Trump tomou essas disposições pese a reconhecer que seus pesquisadores foram incapazes de determinar os responsáveis por esses supostos ataques e as causas, sublinhou Lamrani, citando fontes do governo norte-americano.
De acordo com o especialista, com sua política de hostilidade a administração Trump ‘opõe-se à vontade da maioria dos cidadãos de Estados Unidos, que aspiram a normalizar as relações com Cuba e a poder ir à ilha como turistas, sem obstáculos, o qual está proibido por Washington faz mais de meio século’.
O professor universitário também mencionou a postura adoptada por Cuba, marcada pela vontade de dialogar em condições de respeito.
‘Cuba sempre tem mostrado sua disposição de manter laços cordiais e pacíficos com Washington baseados na igualdade soberana, a reciprocidad e a não injerencia nos assuntos internos’, dimensionou.