No sul de Angola, a Baía dos Tigres é uma aldeia ‘fantasma’ com administrador ausente.

Tômbwa, Angola – Ernesto Tchihihavo é o administrador da histórica Baía dos Tigres, nomeado há mais de 10 anos pelo Estado angolano, mas administra uma área de 100 quilómetros quadrados sem população e à qual nem o próprio consegue chegar.
Foi junto ao deserto do Namibe, no município do Tômbwa, que falamos con o administrador comunal da Baía dos Tigres, a mais de 150 quilómetros de distância daquele que, outrora, foi um dos maiores centros de pesca em Angola.
“A Baía dos Tigres hoje é ilha. As intempéries da natureza, associadas à falta de água, fizeram com que as pessoas que lá habitavam a abandonassem”, começa por relatar Ernesto Manuel Tchihihavo.
A pequena vila foi fundada por pescadores do Algarve, por volta de 1860, mas séculos antes já tinha entrado nos mapas de portugueses e ingleses pela invulgar quantidade e qualidade de peixe, que lhe valeu a alcunha de “Great Fish Bay”.
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