A embaixadora cubana em Angola, Esther Armenteros, participou na terça-feira, juntamente com representantes diplomáticos das nações de língua espanhola, na celebração do Dia da Língua Espanhola, que é comemorado todos os dias 23 de Abril.
Na actividade, convocada pelo embaixador espanhol em Angola, Manuel Maria Lejarreta, os líderes da missão leram textos de escritores e poetas de renome das respectivas nações e, no caso de Cuba, Armenteros citou o poema ¨Los zapaticos de rosa¨, do Herói Nacional, José Martí.
Depois, professores e alunos da escola espanhola Crystal, o local do encontro, juntaram-se à dinâmica e leram juntos o primeiro capítulo de ¨Don Quijote de la Mancha¨, do famoso autor Miguel de Cervantes, considerado o primeiro romance moderno e uma das obras mais notáveis da literatura universal.
O Banco Mundial está a financiar projectos de “Aprendizagem para Todos” e de “Empoderamento da Mulher”, no valor de 250 milhões de dólares, que visa garantir melhores condições de ensino e aprendizagem às raparigas angolanas.
O Banco Mundial quer que os beneficiados adquiram uma educação integral, que os permita participar e contribuir no desenvolvimento económico e social do país, segundo a ministra das Finanças, Vera Daves, que falou à imprensa, ontem, em Luanda, à margem da Reunião Anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM), que acompanhou via Zoom.
Vera Daves notou que o encontro visou, também, avaliar o engajamento do Executivo na construção de infra-estruturas sociais e económicas, no quadro do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) e, a par dos projectos de “Aprendizagem para Todos” e do “Empoderamento da Mulher”, o Banco Mundial financia em Angola vários programas, com destaque para os do sector da Agricultura, que beneficiaram, recentemente, de 500 milhões de dólares, tendentes a impulsionar a actividade agrícola.
“O Banco Mundial está sempre disponível em apoiar Angola em vários projectos sociais e económicos, principalmente nos domínios da construção de infra-estruturas, fomento da agricultura comercial e de programas de inserção das mulheres e rapazes no ensino, bem como de en-quadramento de professores por via de contratação pú-blica”, disse.
Segundo a ministra, o Executivo deve assegurar que o Banco Mundial desembolse, com maior rapidez, os valores preconizados, para que os projectos sejam concretizados. “Infelizmente, a taxa de desembolso dos projectos financiados pelo Banco Mundial é ainda menor” e “o que temos que fazer, é engajar todas as equipas envolvidas neste processo, para que possamos desembolsar, com maior rapidez, os montantes a receber e, por esta via, sentirmos o impacto desses programas, apesar de, em determinados exercícios, existir quebras de receitas”, observou.
Questionada sobre o valor global que Angola precisa, para financiar vários projectos sociais e económicos, Vera Daves respondeu que o país apenas solicita ao Banco Mundial montantes em função da especificidade de cada projecto. “O valor que Angola tiver que solicitar ao Banco Mundial, depende dos projectos específicos que forem identificados”, disse.
Na actual reunião anual do FMI e do Banco Mundial foram referenciados os vários programas sociais e económicos em curso em Angola e o compromisso do Executivo de proteger a área social, por ser um sector fundamental para o bem-estar da população.
O secretário de Estado para o Planeamento, Milton Reis, destacou, esta quarta-feira, em Iorque (Estados Unidos da América), as reformas implementadas por Angola para fazer face a crise económica e financeira resultante dos choques externos.
Ao intervir no sétimo Fórum do Conselho Económico e Social das Nações Unidas (ECOSOC) sobre o financiamento para o desenvolvimento, iniciado segunda-feira, em Nova Iorque, a frente de uma delegação angolana, o secretário de Estado destacou que o Governo levou a cabo, de 2018 a 2021, um Programa de Estabilização Macroeconómica com o apoio do FMI, visando a correcção de um conjunto de desequilíbrios macroeconómicos, de forma a assegurar a sustentabilidade das finanças públicas e das contas externas.
Milton Reis precisou que a meta é o alcançar um crescimento económico inclusivo e sustentável, cujos resultados começaram a ser observados em 2021, com um crescimento do PIB de 0,7%, após seis anos de recessão económica. Para este ano, avançou, as previsões apontam para um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,8%.
“Reconhecemos que a inflação, a desaceleração do crescimento, as disrupções da cadeia de suprimentos em curso e as interrupções na produção, e as graves disfunções na segurança alimentar global ameaçam as perspectivas de recuperação económica dos países em desenvolvimento”, afirmou.
Uma delegação multisectorial angolana, chefiada pelo ministro das Relações Exteriores, Téte António, chegou, na manhã desta quarta-feira, à Kinshasa, para participar de 28 a 29, na Primeira Sessão Extraordinária Ministerial do Comité Técnico Especializado de Defesa, Protecção e Segurança (CTSDSS) do Conselho de Paz da Comunidade Económica dos Estados da África Central (COPX-CEEAC).
A reunião visa, dentre outros assuntos, analisar a situação política e de segurança na África Central, em particular nos Estados-Membros em situação de conflitos armados e ou em processos eleitorais no ano de 2022, refere um comunicado do Ministério do Ministério das Relações Exteriores enviado hoje ao Jornal de Angola.
No essencial, os ministros vão apreciar e aprovar os Relatórios dos Peritos dos Estados Membros, dos Chefes de Estado Maior General, dos Comandantes Gerais da Polícia e da Gendarmeria, e dos Altos Responsáveis dos Ministérios do Conselho de Paz e Segurança da CEEAC.
A agenda da Primeira Sessão Extraordinária Ministerial do Comité Técnico Especializado de Defesa, Protecção e Segurança (CTSDSS) do Conselho de Paz da Comunidade Económica dos Estados da África Central (COPX-CEEAC), consta igualmente análise da Operacionalização do Comité de Sábios da CEEAC e a Adequação dos Textos da Força Multinacional da África Central (FOMAC) e da Estrutura do Estado Maior Regional (EMR), com o Tratado Revisto que Institui a Comunidade Económica dos Estados da África Central.
Além do ministro Téte António, a delegação angolana é composta pelo General Domingos André Tchikanha, secretário de Estado para os Veteranos da Pátria, José Bamokina Zau, secretário de Estado para o Interior e altos funcionários dos Ministérios das Relações Exteriores, da Defesa e Veteranos da Pátria, do Interior e responsáveis dos órgãos de segurança.