
Nova York, EUA, 11 de março (Prensa Latina) O acadêmico americano William LeoGrande qualificou hoje de contraditório o presidente Joe Biden, que diz apoiar o povo cubano e ao mesmo tempo aplica uma política de estrangulamento à economia do país caribenho.
Durante seu discurso virtual na Conferência Internacional para a Normalização das Relações Estados Unidos-Cuba, o ex-reitor da Escola de Relações Públicas da Universidade Americana reiterou o apelo ao levantamento do bloqueio que há mais de seis décadas tenta sufocar a nação antilhana.
Normalizar é o que os dois povos querem, não deixe Biden esquecer disso, disse LeoGrande, coautor, junto com Peter Kornbluh, do livro “Canais de volta a Cuba: a história oculta das negociações entre Washington e Havana”.
Ele considerou que o próximo passo da Casa Branca deveria ser retirar Cuba da lista unilateral de Estados patrocinadores do terrorismo de Washington e, nesse sentido, instou o governo Biden a “fazer um exame honesto” para reverter essa situação.
LeoGrande lembrou que o secretário de Estado, Antony Blinken, prometeu durante uma visita a Bogotá e a pedido do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, rever essa designação de Cuba.
Ele considerou que esta foi uma medida tomada “para satisfazer um pequeno grupo no sul da Flórida e alguns políticos, e o mais legal é que nenhum deles votará em Biden”.
O professor LeoGrande insistiu que essas políticas dos Estados Unidos contra Cuba são “retrógradas e muito antigas”.
Mais de uma centena de organizações apoiam a celebração em Nova York desta conferência, realizada sábado e domingo na Fordham University.
Amigos, pessoas de diferentes classes sociais, intelectuais e artistas se reuniram em torno de três reivindicações principais: retirar Cuba da lista unilateral de Estados patrocinadores do terrorismo; o fim do bloqueio e o fim de todas as sanções econômicas e de viagens de Washington contra a ilha.
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