UE felicita Lula e solidez das instituições e democracia brasileiras

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A União Europeia felicitou hoje o novo Presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e considerou que as eleições deste domingo, “pacíficas e bem organizadas”, demonstraram “a solidez das instituições brasileiras e da sua democracia”.

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“A União Europeia elogia em particular o Tribunal Eleitoral pela forma eficaz e transparente como conduziu o seu mandato constitucional ao longo de todas as fases do processo eleitoral, demonstrando mais uma vez a solidez das instituições brasileiras e da sua democracia”, lê-se numa declaração escrita do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, divulgada após ser declarada a vitória de Lula da Silva nas presidenciais brasileiras deste domingo.

Lula da Silva é o novo Presidente do Brasil

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Bernardino Manje | Em Brasília

Com 99,45% das urnas escrutinadas até ao momento, o candidato do PT, Lula da Silva, foi eleito este domingo o novo Presidente do Brasil, com 50,87% dos votos, contra 49,13 de Jair Bolsonaro.

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Onze anos depois, Lula da Silva volta ao Palácio do Planalto como Chefe de Estado, devendo iniciar o mandato no dia 1 de Janeiro de 2023.

Por outro lado, Jair Bolsonaro entra para a história do Brasil como o Presidente da República que não consegue a reeleição. 

PERFIL DE LULA DA SILVA 

Luiz Inácio Lula da Silva tem 76 anos e foi Presidente do Brasil entre 2003 e 2011. Foi a sexta vez que se candidatou à Presidência.

A história de Lula da Silva começa numa das zonas mais pobres de Pernambuco. É o sétimo de oito filhos e deslocou-se para o litoral de São Paulo, onde vendia laranjas no cais, enquanto aprendia a ler, contra a vontade do pai. Conseguiu matricular-se aos 15 anos no ensino profissional.

Em 1964, ano em que se instituiu a ditadura militar, teve um acidente de trabalho em que perdeu um dedo, logo seguido de outra tragédia: a morte da mulher, no hospital. Ela estava grávida de 8 meses.

Politizado, Lula filiou-se no Sindicato dos Metalúrgicos, que veio a dirigir num clima de greves gerais e desobediência civil.

Preso, destituído do cargo e perseguido pela justiça brasileira, nasceu assim em Luiz Inácio Lula da Silva uma carreira política, com a fundação do Partido dos Trabalhadores (PT), em 1989.

Concorreu pela primeira vez às primeiras eleições presidenciais, após o regresso da democracia. Perdeu e ainda viria a perder por mais duas vezes, para Fernando Henrique Cardoso, o homem que, em 2003, lhe entregou, finalmente, a faixa presidencial.

A história de Lula da Silva é de conquistas e derrotas, mas é o homem que muitos consideram ter tirado o Brasil da miséria nos anos em que chegou e saiu do cargo com uma popularidade de 80 por cento.

A maior descida foi no processo Lava Jato, que ainda lhe mancha a reputação.

As suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro arrastaram Lula da Silva para um longo processo judicial e impediram-no de se candidatar às eleições em 2018.

Sérgio Moro, que mais tarde foi nomeado ministro da Justiça, por Jair Bolsonaro, condenou Lula da Silva a 12 anos de prisão.

Lula entregou-se às autoridades, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, mas ficou preso durante um ano e meio.

O Supremo Tribunal Federal decidiu que a detenção era inconstitucional, anulou a pena e considerou que o juiz Sérgio Moro agiu com parcialidade. Assim, Lula da Silva recuperou os direitos políticos que lhe permititram candidatar-se à Presdiência este ano.

Os dois mandatos de Lula da Silva (entre 2003 e 2011) ficaram marcados por programas sociais como a “Bolsa Família” ou a “Fome zero”, que retiraram da pobreza mais de 30 milhões de brasileiros, mas também pelo compromisso com as grandes empresas.

Triplicou o Produto Interno Bruto (PIB) per capita e colocou o Brasil nos BRIC das potências emergentes de um futuro, que tem tardado a concretizar-se. O homem está de volta e a expectativa é que faça melhor do que já fez.

Lula e a desafiante situação brasileira. Por Ángel Guerra Cabrera.

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 LA PUPILA INSOMNE

A segunda volta das eleições brasileiras de 2 de Outubro é provavelmente o confronto eleitoral mais importante e amargo nas Américas desde a eleição de Hugo Chávez em 1998. Esta eleição vai mais longe do que decidir quem irá governar o gigante sul-americano durante os próximos cinco anos, a maior, mais populosa e mais importante economia da nossa região, oitava no mundo em termos de PIB. Nem só decidirá quem irá governar o país entre neoliberalismo e anti-neoliberalismo, porque no Brasil a primeira coisa em jogo é a defesa e reconquista dos direitos democráticos básicos, já muito diminuídos pelos direitos sociais e laborais de Temer e Bolsonaro, que o ex-militar ameaça derrubar juntamente com os políticos, a fim de satisfazer os empresários que o apoiam. Esta eleição também tem a ver – quanto – se o golpe de morte será dado ao que resta da floresta amazónica, os pulmões de oxigénio do planeta, como é o objectivo dos parceiros da capital do agronegócio Bolsonaro. É, ao mesmo tempo, um episódio chave na disputa pela nossa América entre as forças democráticas e progressistas, que lutam pela soberania nacional, a multipolaridade, a luta contra a desigualdade e a fome, e aqueles que defendem a entrega de tudo ao mercado e ao capital financeiro.

Lula foi autorizado a concorrer às eleições quando o Supremo Tribunal do Brasil o absolveu das falsas acusações apresentadas contra ele pelo juiz venal Sergio Moro e pelo seu procurador amigo Deltan Dallagnol. Mas isto não podia apagar a imagem do desempenho governamental corrupto do Lulismo no governo que tinha sido instalado em amplas camadas da população pela enorme campanha de mentiras desencadeada pelos meios de comunicação hegemónicos brasileiros e internacionais. Combinado com o avanço político do bolonarismo, Lula teve de criar uma grande coligação que inclui importantes sectores do centro-direita que anteriormente se lhe opunham, mas também os seus tradicionais aliados do centro-esquerda e os movimentos sociais mais combativos do Brasil, como fórmula para assegurar uma vitória convincente face à grave ameaça antidemocrática colocada pelo bolonarismo.

Moro e Dallkagnol fazem parte do programa do Departamento de Estado norte-americano, sob o pretexto de combater a corrupção, para implementar a lei na nossa região contra candidatos ou funcionários que defendem propostas contrárias ao neoliberalismo e a favor de causas populares, com o objectivo de os liquidar politicamente, uma espécie de morte civil. Tudo isto em perfeita articulação com o trabalho de desinformação e difamação da esmagadora rede de meios hegemónicos e novas estruturas de rede digital ao serviço do império. A lei também foi aplicada contra os ex-presidentes Manuel Zelaya, Fernando Lugo, Cristina Fernández, Rafael Correa, Evo Morales e vários dos seus seguidores. Foi também o instrumento utilizado para realizar o golpe de Estado contra Dilma Rousseff e para desqualificar Lula como candidato presidencial quando ele estava à frente em todas as sondagens, abrindo assim o caminho para Bolsonaro.

Embora a emergência de Bolsonaro na arena política após décadas de desempenho cinzento e corrupto como congressista não se deva apenas a isso, ele removeu o formidável obstáculo que Lula tinha colocado no seu caminho. Sabemos agora que dois anos antes o ex-capitão tinha recebido luz verde do então comandante-chefe do exército, General Villas Boas, para concorrer à presidência. Ao mesmo tempo, é evidente que a crise das políticas neoliberais e o sucesso das políticas progressistas e redistributivas do PT tinham esgotado a hegemonia da elite brasileira, que precisava de um “outsider” como Bolsonaro: uma espécie de luz política, pouco iluminada, mas com um carisma inquestionável, vivacidade e capacidade de ligação a grandes sectores da sociedade brasileira caracterizados pela sua ignorância, obscurantismo e fanatismo religioso, ou pelas suas ligações ao crime organizado – como as famosas milícias -, ou com oficiais militares reformados cheios de ambições de poder e enriquecimento. Cerca de 6.000 destes foram dispersos por Bolsonaro por toda a administração pública, outro problema com o qual Lula teria de lidar.

Lula continua a travar uma luta heróica no caminho para o segundo round, face a forças muito difíceis e obstáculos a ultrapassar. Uma delas é como ele governaria com um bolonarista e uma maioria de direita no Congresso, que até tem os votos para o impugnar. A sua campanha tem sido de tal forma maciça que parece colocá-lo directamente no caminho para o Palácio de Alborada. Embora após os erros das sondagens na primeira volta, a vantagem de 5 pontos que agora lhe dão deixa espaço para dúvidas. Mais uma vez prefiro confiar no optimismo da vontade do que no pessimismo da razão.

As sondagens mostram que Lula alarga a sua liderança nas intenções de voto.

#EleccionesPresidenciales #Lula #JairBolsonaro

De acordo com o inquérito da FSB Pesquisa, o líder PT alcançaria 44% dos votos e Jair Bolsonaro capitalizaria 35%.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à presidência do Brasil pelo Partido dos Trabalhadores (PT), continua a liderar nas intenções de voto antes das eleições de 2 de Outubro e aumentou a sua liderança em 3% em relação ao que deveria ser o seu maior rival, o actual presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com o inquérito conduzido pelo Instituto FSB Pesquisa, o líder PT atingiria 44 por cento dos votos, enquanto Bolsonaro capitalizaria 35 por cento.

No cenário de um possível run-off entre Lula e Bolsonaro, o líder do PT ganharia com 52%, em comparação com os 39% para o titular. | Foto: @LulaOficial

Segundo o inquérito da semana passada, o ex-presidente Lula aumentou a sua liderança em três por cento, enquanto que a liderança do actual presidente permaneceu a mesma de antes.

Entre os outros candidatos, Ciro Gomes lidera com sete por cento (dois por cento menos do que na sondagem anterior). É seguido pela Senadora Simone Tebet com cinco por cento (menos dois por cento do que na sondagem anterior).

Mais atrás está a Senadora Soraya Thronicke, que tem um por cento dos votos, o mesmo que na sondagem anterior. Os votos em branco e estragados representaram quatro por cento.

No cenário de uma possível fuga entre Lula e Bolsonaro, o líder do PT triunfaria com 52%, para 39% para o presidente da extrema-direita.

A sondagem revelou também que 45% dos eleitores rejeitam Lula, enquanto 55% rejeitam Bolsonaro.

Para realizar a sondagem, o inquiridor teve de entrevistar 2.000 pessoas por telefone entre 16 e 18 de Setembro. A margem de erro é de dois por cento, enquanto o intervalo de confiança é de 95 por cento.

Ex-juiz Sergio Moro desiste da candidatura à presidência.

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O antigo juiz e ex-ministro da justiça Sérgio Moro anunciou hoje que não será candidato à presidência brasileira nas eleições de Outubro.

“Para ingressar no novo partido, abro mão, nesse momento, da pré-candidatura presidencial e serei um soldado da democracia para recuperar o sonho de um Brasil melhor”, disse o ex-ministro da Justiça do Governo de Jair Bolsonaro, numa mensagem através do Twitter.

Sérgio Moro acrescentou ainda que “o Brasil precisa de uma alternativa que livre o país dos extremos, da instabilidade e da radicalização”.

A sua demissão da candidatura presidencial surge no mesmo dia em que anunciou oficialmente a sua mudança de partido, da direita Podemos, com a qual se lançou na política e concorreu como possível candidato a Chefe de Estado, para a União Brasil (centro-direita).

A sua mudança de partido, disse, visa “facilitar as negociações das forças políticas de centro democrático em busca de uma candidatura presidencial única”.

Moro aparece em terceiro lugar nas sondagens de intenções de voto, com 8%, atrás de Lula da Silva, que lidera as sondagens com mais de 40% do apoio, e do Presidente do país, Jair Bolsonaro, que obteria até um máximo de 30%.

O magistrado parecia ser o mais bem posicionado, de acordo com as sondagens, para liderar a candidatura de “terceira via” que as forças políticas do centro estão a tentar formar, a fim de quebrar a polarização entre Lula e Bolsonaro, que procurará a reeleição.

Contudo, o seu progresso nas sondagens estagnou nos últimos meses, permanecendo em 8%, a que se devem acrescentar as dificuldades em criar alianças devido à sua falta de experiência na política.

Moro tornou-se um símbolo da luta contra a corrupção no Brasil devido aos julgamentos como juiz em Curitiba (sul), nos quais condenou dezenas de políticos e empresários por corrupção, como parte da Operação Lava Jato.

Entre eles Lula, que passou 580 dias na prisão por duas condenações que mais tarde foram anuladas pelo Supremo Tribunal, que mais tarde, num outro processo, declarou que Moro agiu de forma “parcial” ao julgar o antigo presidente.

Em 2019 tornou-se Ministro da Justiça de Bolsonaro, mas demitiu-se em Abril de 2020 devido a fortes discordâncias com o governante, a quem acusou de tentar interferir ilegalmente e politicamente na Polícia Federal, embora a corporação tenha dito não ter encontrado tais provas.

A desaprovação de Bolsonaro atinge 53 por cento, a pior classificação desde que ele se tornou presidente do Brasil.

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A aprovação do governo do Presidente brasileiro Jair Bolsonaro atingiu 53%, a pior taxa desde que tomou posse em Janeiro de 2019, revelou uma sondagem do Instituto Datafolha divulgada quinta-feira.

O ex-militar subiu dois pontos percentuais em relação ao estudo de Julho, no qual atingiu 51% de impopularidade.

O inquérito sondou 3.667 pessoas com mais de 16 anos em 190 municípios de todo o país de 13 a 15 de Setembro, com uma margem de erro de mais ou menos dois pontos.

Esta é a primeira sondagem sobre a popularidade do governante após a agenda antidemocrática de 7 de Setembro, Dia da Independência.

A rejeição também surgiu no meio de uma inflação elevada, preços de gasolina e alimentos em flecha e elevados números de desemprego de 14,4 milhões de pessoas.

Segundo a Datafolha, se na média da população o aumento da desaprovação de Bolsonaro foi de dois pontos percentuais, em alguns segmentos este aumento foi mais evidente.

Os homens de negócios continuam a ser o único segmento em que a aprovação do presidente (47%) é numericamente superior à sua desaprovação (34).

O ex-capitão do exército foi mais rejeitado por aqueles com educação superior (85%), estudantes (73%), aqueles que preferem o Partido Socialismo e Liberdade (63%), homossexuais/bissexuais (61%), aqueles com idades entre os 16 e 24 anos (59%) e negros (59%).

A impopularidade de Bolsonaro coincidiu com o progresso do trabalho de uma comissão do Senado que investigava o tratamento da Covid-19 pelo governo e a chegada de uma segunda vaga da doença, que já matou cerca de 590.000 pessoas.

As intenções de voto do seu presumível rival nas eleições de 2022, o antigo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fortaleceram-se desde que recuperou os seus direitos políticos em Março passado, depois de um juiz do Supremo Tribunal Federal ter anulado todas as suas convicções.

(Com informação de Prensa Latina)

Edição Central teleSUR .

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