Almagro é um estorvo para os Estados Unidos, diz o analista.

#OEA #Almagro #EstadosUnidos

Por Redacción Razones de Cuba

O Secretário-Geral da Organização dos Estados Americanos, Luis Almagro, tornou-se um obstáculo para o governo dos EUA, por razões de fiabilidade e escândalos, publicou o cientista político basco Katu Arñonada.

Almagro es un estorbo para Estados Unidos, revela analista.

Ele revela que, segundo fontes próximas do organismo internacional, o representante dos EUA junto da OEA, Frank Mora, está a trabalhar para o substituir, por três razões principais:

A fraude na Bolívia que provocou um golpe de Estado.
A sua relação com Marian Vidaurri, que promoveu ilegalmente no seio da organização.
Difamações do brasileiro Paulo Abrau, membro da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da própria OEA.
Opiniões negativas dos funcionários da instituição multinacional sobre o funcionário, ao ponto de exigir a sua partida.
No caso da Bolívia, organismos locais e globais continuam a exigir justiça para o papel de Almagro na sucessão do golpe de estado. Nas palavras do Ministro dos Negócios Estrangeiros mexicano Marcelo Ebrard, é uma acção “duvidosa e questionável” “intervir nos processos internos”.

“O caso de amor com um subordinado, o mexicano Marian Vidaurri, parece ter violado o código de ética da própria OEA, impulsionando ilegalmente a carreira de Vidaurri, o que gerou mal-estar e desconfiança”, disse Arkonada.

“Para além de tudo isto, há a prevaricação de intervir e tentar impedir a ratificação de um segundo mandato ao brasileiro Paulo Abrau, Secretário Executivo da CIDH”, acrescenta ele.

O Grupo Puebla pediu recentemente a demissão de Almagro “por ter violado as normas internas, por não ter respeitado o Estatuto da CIDH, por ter violado o devido processo, o direito de defesa e a presunção de inocência e difamação” num comunicado.

Dentro da OEA, a maioria das delegações dos diferentes países estão a debater a substituição desta figura por uma menos prejudicial para as democracias latino-americanas.

“Os Estados Unidos não têm amigos permanentes, mas interesses permanentes, a decisão já foi tomada ─values o também membro da Rede de Intelectuais em Defesa da Humanity─. Tal como deixaram cair o Guaidó e saudam Nicolás Maduro como o legítimo presidente da Venezuela, o tempo de Almagro na OEA está a chegar ao fim”.

Estas mudanças têm lugar no contexto da renovação das Comissões de Relações Externas do Senado e da Câmara. É necessário prestar atenção ao operador americano na OEA, Frank Mora, um cubano-americano em confronto com Trump e os vermes na Florida, adverte o académico.

“Sem dúvida, a situação interna dos EUA e da OEA terá repercussões numa região que está a virar para a esquerda, e num EUA que já está a olhar para a frente para as eleições presidenciais de 2024. O que parece claro é que a partida de Almagro será positiva para a democracia em toda a América Latina”, concluiu ele.

Marcelo Ebrard: Precisamos de substituir o actual modelo da OEA por um baseado no respeito mútuo.

#OEA #GolpeDeEstado #InjerenciaDeEEUU #México #CumbreSinLasAméricas #AméricaUnida

A Nicarágua expulsa a OEA do seu território.

#OEA #Nicaragua

Sacha Llorenti: A ALBA-TCP é o coração da integração da América Latina e das Caraíbas.

#ALBATCP #AmericaLatina #Covid-19 #EstadosUnidos #ElBloqueoEsReal

A Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Acordo Comercial dos Povos (ALBA-TCP) é o coração da integração latino-americana e caribenha, o que foi demonstrado no meio da pandemia de Covid-19, disse o seu secretário executivo, Sacha Llorenti.

Durante uma entrevista exclusiva ao programa Es Noticia do teleSUR, Llorenti salientou na quinta-feira que é necessário “reforçar todos os organismos de integração que defendem a nossa soberania e os nossos interesses”.

“A pandemia contribuiu para uma consciência renovada de que é essencial mudar a direcção da região (…) A ALBA-TCP é o coração da integração latino-americana e caribenha”, disse Llorenti.

"La pandemia ha contribuido a retomar la conciencia de que es imprescindible cambiar de rumbo a la región", afirmó Llorenti.

Recordou também que este ano foi uma das vitórias da região com a consolidação da democracia na Bolívia, após a derrota de uma tentativa de golpe de Estado, bem como os triunfos eleitorais na Nicarágua, Venezuela, Santa Lúcia e Honduras.

Para além destes acontecimentos, “a vitória em Cuba contra um ataque de desestabilização pelo desejo de interferência dos Estados Unidos”, comentou o secretário executivo.

Também comentou que a Aliança critica a Organização dos Estados Americanos (OEA) porque “não é um organismo de integração, é o bispo do desejo de aplicar a Doutrina Monroe, uma tentativa de interferência”.

Observatório contra a Interferência
Por iniciativa do Observatório contra a Interferência promovido pela ALBA-TCP, Llorenti salientou a importância de ter um mapa de como funciona a interferência estrangeira nos assuntos internos dos países da região, “porque a interferência não é apenas uma declaração pública”.

O secretário executivo explicou que na Cimeira da Democracia convocada pelos Estados Unidos (EUA), o seu presidente Joe Biden “falou em investir 400 milhões de dólares naquilo a que chamam “democracia”, o que significa subverter a ordem constitucional em alguns países, promover a divisão e fornecer fundos económicos à oposição”, entre outras acções.

“O Observatório contra a Interferência quer traçar para onde vai esse dinheiro, que organizações não governamentais recebem esse dinheiro”, disse ele.

Também salientou que algumas organizações não governamentais (ONG) “executam a política externa de outros Estados nos nossos países”.

Para além da vassalagem aos EUA e Celac: a razão pela qual a OEA vai desaparecer.

#EUA #OEA #CELAC #EconomiaMundial #UnionEuropea #CHINA

Javier Buenrostro, historiador por la Universidad Nacional Autónoma de México y McGill University.

Javier Buenrostro, historiador por la Universidad Nacional Autónoma de México y McGill University.

A 18 de Setembro, o México acolheu a VI Cimeira da Comunidade dos Estados da América Latina e das Caraíbas (CELAC), dois dias após a celebração da independência do México. Havia muitas expectativas para esta reunião em que participaram 31 nações e onde se especulava que a substituição de uma Organização dos Estados Americanos (OEA) obsoleta e decadente, uma organização que nasceu em 1948 para proteger os interesses dos Estados Unidos durante a Guerra Fria no quadro dos acordos de Bretton Woods, a criação do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial e a imposição do dólar como moeda internacional de referência, poderia ser discutida em profundidade.

A OEA teve a sua quota-parte de baixos e altos na sua história, embora tenham existido mais vales do que picos. Um dos pontos mais baixos foi em Punta del Este (Uruguai) em 1962, quando foi decidido expulsar Cuba da organização, sendo o México e a própria Cuba as únicas nações a votar contra a resolução. Nos últimos anos, desde a liderança de Luis Almagro, a OEA tem demonstrado ser um organismo profundamente parcial a favor da direita latino-americana e dos interesses regionais dos Estados Unidos. Um caso em questão é o envolvimento da OEA e de Luis Almagro no golpe de Estado sofrido por Evo Morales na Bolívia, que só pôde ser revertido graças ao apoio esmagador do povo boliviano ao Movimento para o Socialismo (MAS) nas eleições seguintes.

A 6ª Cimeira Celac teve momentos de alguma intensidade, especialmente devido aos confrontos verbais entre os Presidentes Miguel Díaz-Canel (Cuba) e Nicolás Maduro (Venezuela), por um lado, e Luis Lacalle Pou (Uruguai) e Mario Abdo Benítez (Paraguai), por outro. A ausência do Brasil, devido à decisão da direita Jair Bolsonaro de sair no ano passado, e a participação precipitada da Argentina, devido ao cancelamento de Alberto Fernández no último minuto e à demissão a meio do evento do Ministro dos Negócios Estrangeiros Felipe Solá, também deixaram a sua marca na reunião internacional.

Mas a mensagem mais importante do Celac veio de fora da América Latina. O Presidente da China, Xi Jinping, foi o único convidado de fora da nossa área geográfica a dar uma mensagem, e este convite veio do México, o país anfitrião, que também detém a presidência pro tempore da Celac e, ao mesmo tempo, é um vizinho e importante parceiro comercial dos Estados Unidos. Uma combinação e tanto.

“O capitalismo tal como o conhecemos está em crise e a ordem global está a mudar a um ritmo acelerado, mantendo a direcção anteriormente prevista. E isto é que a China acabará por ser o actor económico global mais importante nas próximas três décadas”.

As críticas ao Presidente López Obrador da direita mexicana e ao conservadorismo não tardaram a chegar. Os condenados ao desastre mencionaram que a presença dos presidentes de Cuba, Venezuela e sobretudo da China durante a cimeira poderia fazer explodir as relações com os Estados Unidos. Estas opiniões mostram não só que a direita mexicana adoraria manter uma relação de vassalagem com os Estados Unidos, mas também a sua incapacidade de compreender que o mundo está a mudar e que não é o mesmo que foi durante a Guerra Fria, especialmente depois da pandemia de Covid-19.

Todas as análises económicas concordam que o mundo sofreu a pior recessão económica desde a Grande Depressão. O capitalismo tal como o conhecemos está em crise e a ordem global está a mudar a um ritmo acelerado, embora na direcção anteriormente prevista. E isto é que a China acabará por ser o actor económico mais importante do mundo pelo menos durante as próximas três décadas.

Mexico President Andres Manuel Lopez Obrador(C) poses for a photo with leaders and prime ministers during the summit of the Community of Latin American and Caribbean States (CELAC), at the National Palace in Mexico City, Mexico September 18, 2021. Mexico’s Presidency/Handout via REUTERS ATTENTION EDITORS – THIS IMAGE HAS BEEN SUPPLIED BY A THIRD PARTY. NO RESALES. NO ARCHIVES

Dois acontecimentos paralelos à Cimeira do Celac confirmam isto. A primeira é que o Grupo Evergrande, até há pouco tempo o maior promotor imobiliário do mundo, está perto da falência com mais de 300 mil milhões de dólares de passivo. O que é impressionante é que, apesar dos números espantosos, os analistas excluíram uma crise financeira global como a que ocorreu em 2008 com o colapso da empresa americana Lehman Brothers. Parece que o problema ficará na China não só porque Evergrande tem lá a maior parte das suas dívidas, mas também porque a economia chinesa é capaz de absorver e lidar com esta crise financeira. Esta é a dimensão da economia e da capacidade financeira da China, se ainda tivéssemos dúvidas.

O outro facto que chamou a nossa atenção foi o discurso de Joe Biden à Assembleia Geral da ONU há alguns dias atrás. Biden foi muito claro que os EUA não querem uma nova Guerra Fria com a China ou um mundo dividido em blocos rígidos e, embora ele defendesse uma concorrência vigorosa com outras potências, evitou o discurso duro e confrontativo utilizado por Donald Trump. Biden era consciente e cauteloso face à nova realidade global que já é evidente aos olhos do mundo, com excepção de certos conservadores antiquados que ainda pensam que vivemos no mundo que foi forjado no pós-guerra, há mais de setenta anos.

Nem os acordos de Bretton Woods, nem o mal denominado Consenso de Washington, nem o Fundo Monetário Internacional, nem o Banco Mundial, nem a dolarização da economia são já os princípios orientadores da economia mundial, nem devem ser as vozes orientadoras das organizações internacionais, nem devem ser as vozes orientadoras da política externa na América Latina. A OEA já está morta e o seu coveiro não será o CELAC, mas a ordem económica mundial que lhe deu origem e que agora também está defunta.

A nova ordem, pelo menos no futuro imediato, será baseada no multilateralismo, mas na qual a China desempenhará um papel preponderante ao lado dos Estados Unidos, que também manterão um papel de liderança. O unilateralismo não é uma opção e a cooperação internacional terá de se tornar uma realidade e deixar de ser puro discurso e boas intenções.

López Obrador deu um passo nesta direcção na Cimeira Celac, convidando os restantes participantes a construir algo semelhante no continente americano à Comunidade Económica que deu origem à actual União Europeia. Ou seja, criar um corpo mais equitativo e plural e não apenas um que sirva os interesses dos Estados Unidos. Isso já não funciona na realidade.

Extraído de RT

O final da OEA .

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Um fim ao domínio da OEA na América Latina? O México acolhe uma nova cimeira Celac marcada por lideranças progressistas .

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A sexta cimeira da Comunidade dos Estados da América Latina e Caraíbas (CELAC) terá lugar este fim-de-semana na Cidade do México, com a presença de 17 chefes de estado ou de governo, dois vice-presidentes e delegações de todos os países membros.

Entre os presidentes que já confirmaram a sua participação estão o argentino Alberto Fernández, o equatoriano Guillermo Lasso, o cubano Miguel Díaz-Canel, o costa-riquenho Carlos Alvarado e o uruguaio Luis Lacalle Pou, bem como o líder do país anfitrião, Andrés Manuel López Obrador.

O Celac foi formado em 2010 pelos 33 países da região com o objectivo de promover uma agenda latino-americana e caribenha e acordar passos concretos para a integração regional.

¿Fin al dominio de la OEA sobre América Latina? México acoge una nueva cumbre de la Celac marcada por los liderazgos progresistas

Na sua fundação, impulsionada por uma onda de governos progressistas, produziu uma mudança política continental, devido à sua tentativa de substituir a Organização dos Estados Americanos (OEA) em importância multilateral, excluindo os EUA e o Canadá e incluindo Cuba, que foi expulsa da primeira em 1962.

Contudo, em meados da década, a chegada dos governos de direita, bem como a morte em 2013 do seu principal promotor, o Presidente venezuelano Hugo Chávez, produziram um enfraquecimento significativo que o levou a desvanecer-se no mapa político do continente. Foi em Janeiro de 2017 quando se realizou a sua última cimeira em Punta Cana (República Dominicana).

O Celac regressa com uma OEA enfraquecida e com novas lideranças regionais como a do presidente anfitrião, Andrés Manuel López Obrador, e mudanças nos governos de países importantes como o Peru e a Argentina.

Nesses anos, a OEA tomou um novo sopro de ar fresco. Com a assunção de Luis Almagro como secretário-geral, levou a cabo uma vigorosa acção contra os governos da Bolívia e da Venezuela da qual não saiu bem devido aos resultados embaraçosos de ambas as campanhas: um golpe de Estado no primeiro (cujo executor Jeanine Añez está na prisão) e a imposição de um bloqueio financeiro e de um governo interino no segundo (cujo executor Juan Guaidó teve de restabelecer as negociações com o governo existente apesar da recusa de Almagro).

Agora, o Celac regressa com uma OEA enfraquecida e com a emergência de novas lideranças regionais como a do presidente anfitrião, Andrés Manuel López Obrador, e as mudanças de sinal nos governos de países importantes como o Peru e Argentina .

López Obrador tem sido um apoiante entusiasta do Celac e é possível que o seu papel como anfitrião lhe permita dar-lhe um impulso.

A 24 de Julho, o presidente mexicano foi particularmente duro nas suas críticas a Almagro e na sua abordagem à OEA, anunciando que pretendia conceber um plano para substituir a organização por um “organismo verdadeiramente autónomo” que fosse “o lacaio de ninguém”.

Revitalizou também o corpo. A 7 de Setembro, e pela primeira vez desde 2014, todos os países tomaram uma posição conjunta no Dia Internacional contra os Testes Nucleares. A presidência pro tempore do México tirou o Celac do seu silêncio.

Independentemente dos resultados, o cenário servirá para visualizar os novos realinhamentos políticos na região.

Agora vem a Cimeira, e todos esperam um evento que assinalará uma mudança ideológica na região, mesmo que não radical, pelo menos altamente simbólica, e um compromisso conjunto com o futuro.

Agenda da Cimeira
O Secretário dos Negócios Estrangeiros do México, Marcelo Ebrard, indicou que a questão da pandemia estaria na vanguarda, mas que havia também dois projectos em cima da mesa: a criação de uma agência inter-espacial da América Latina e das Caraíbas e a criação de um fundo para catástrofes.

No entanto, o governo boliviano propôs discutir a questão da OEA e a necessidade de reforçar o CELAC.

A questão da pandemia é de particular importância, dado que apesar da gravidade económica e da morte de mais de um milhão de pessoas na região, nem a OEA nem o Celac (nem o Grupo de Lima) tentaram, pelo menos, coordenar políticas para abordar conjuntamente a situação.

Independentemente dos resultados, o cenário servirá para visualizar os novos realinhamentos políticos na região.

Ociel Alí López: Ociel Alí López é sociólogo, analista político e professor na Universidade Central da Venezuela. Ganhou o Prémio Municipal de Literatura 2015 com o seu livro Dale más gasolina e o prémio Clacso/Asdi para jovens investigadores em 2004. É um colaborador de vários meios de comunicação social na Europa, Estados Unidos e América Latina.

Celac no México: um Grito de Dor contra a OEA .

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Por Enrique Milanés León

Apesar do flagelo da COVID-19 e outras calamidades naturais, 2021 mantém as suas celebrações como o “Ano da Independência e Grandeza do México”, enquanto comemora o 211º aniversário da independência da nação, a 15 de Setembro, e o 200º aniversário da sua consumação, no dia 21. Para acrescentar lustre, a 6ª Cimeira da Comunidade dos Estados da América Latina e Caraíbas (CELAC) terá lugar a meio destas datas na sua capital, no dia 18.

El Grito de Dolores es el gran canto de México.

Pelo segundo ano consecutivo, na terça-feira 15, a reencenação do Grito de Dolores, realizada por Miguel Hidalgo em 1810, irá considerar os protocolos exigidos pela situação sanitária, mas o Presidente Andrés Manuel López Obrador garantiu que seriam criadas condições para que “a maioria dos mexicanos possa participar a partir das suas casas”.

O modelo da pirâmide que comemora os 200 anos da fundação do México-Tenochtitlan permanece na imponente praça El Zócalo, o que significa que as celebrações do Dia da Independência complementarão as já realizadas em honra do nascimento e queda do México-Tenochtitlan.

López Obrador afirmou que o Governo Federal continuará a promover o Grito, considerado o festival cívico mais importante do país. “Temos de continuar a dar ao Grito de Independência, porque o México é um país livre, independente e soberano, e isso é motivo de orgulho”, disse ele.

O tradicional desfile de 16 de Setembro terá também lugar na capital, com as habituais precauções sanitárias. Alguns dos estados da nação não realizarão celebrações ou deslocá-las-ão para locais virtuais.

No início da manhã de 16 de Setembro de 1810, na cidade de Dolores, Guanajuato, Miguel Hidalgo lançou o Grito de Independência contra o governo colonial. O Pai da Nação Mexicana tocou à campainha da igreja chamando o povo a erguer-se em armas.

Uma vez terminada a guerra da Independência, o sino foi preservado como um dos símbolos do início do movimento e a 15 de Setembro de 1896 foi incorporado na celebração da Independência. Hoje, o sino das Dolores pode ser admirado, restaurado, num nicho localizado por cima da varanda central do Palácio Nacional.

Durante as festividades, o Presidente da República toca-a em homenagem ao grande apelo libertário. A celebração da data não foi interrompida, nem mesmo quando o país estava em guerra com os Estados Unidos. Agora não será excepção.

A agenda anunciada de López Obrador inclui o Grito de Independência na terça-feira 15; o desfile militar no dia 16; a recepção no dia 17 para presidentes e chefes de Estado para a Cimeira Celac, evento a realizar no dia 18. Um dia depois, o México hasteará a sua bandeira nacional a meia haste para recordar as vítimas mortais dos terramotos de 1985.

O Celac tem agora uma casa mexicana. Desde a Cimeira da Fundação, realizada em Caracas, Venezuela, a 3 de Dezembro de 2011, os Chefes de Estado e de Governo da região reúnem-se anualmente no país que detém a Presidência Pro Tempore e discutem as questões acordadas nas reuniões dos coordenadores nacionais.

Nesta sexta edição, será discutido um tema transcendental para a América Latina: o futuro da desacreditada Organização dos Estados Americanos (OEA), quer seja para ser completamente reformulada ou substituída.

Marcelo Ebrard, o ministro mexicano dos Negócios Estrangeiros, indicou que os líderes prepararão uma proposta para os Estados Unidos e Canadá, a fim de substituir a OEA interferente por um organismo regional de apoio.

Um golpe para o Grupo de Lima e a OEA .

#GrupoDeLima #OEA #EstadosUnidos #ManipulacionPolitica #AmeriocaLatina #Venezuela

Por Redacción Razones de Cuba

Peru: a investida reaccionária contra o recém-inaugurado Presidente, Pedro Castillo, não demorou muito a chegar. E ainda mais quando Héctor Béjar apareceu no gabinete como Ministro dos Negócios Estrangeiros, uma figura que a grande imprensa local e ocidental achou difícil de aceitar como um homem de esquerda, um antigo guerrilheiro, familiarizado com os governos progressistas da região e inimigo de sanções, bloqueios e interferências nos assuntos internos de outros Estados.

Assim que a nova administração foi instalada, Béjar anunciou que o seu governo estava a deixar o chamado Grupo Lima, um apêndice criado pela Organização dos Estados Americanos (OEA) para aplicar medidas de ingerência contra a Venezuela.

O ano 2017 estava a passar e a OEA pretendia dar o golpe final ao que chamou a “ditadura de Maduro”.

O principal inspirador de tais intenções, Luis Almagro, pretendia activar a Carta Democrática Interamericana contra a nação bolivariana, o que significava suspender o país como membro do bloco hemisférico e aumentar a pressão contra o governo de Nicolás Maduro.

O acordo do Secretário-Geral da OEA, a que se juntaram entusiasticamente os líderes da Colômbia, Iván Duque, o brasileiro Jair Bolsonaro, e o então presidente argentino Mauricio Macri, entre outros, fracassou e foi o próprio Almagro, numa reunião da sua organização realizada na capital peruana, que apelou à criação do “Grupo Lima”.

O presidente peruano na altura, Pedro Pablo Kuczynski, permitiu que esta monstruosidade da OEA levasse o nome da capital do seu país.

Pretendia-se cumprir à letra o mandato do governo de Donald Trump de pôr fim à Revolução Bolivariana, e para tal já tinham “fabricado” Juan Guaidó, a quem reconheceram como autoproclamado “presidente”, num dos mais miseráveis embustes da política externa dos EUA e da própria OEA em memória viva.

Foi neste contexto que Almagro não só levou o Guaidó a representar a Venezuela na OEA, como exortou o Grupo de Lima a sancionar o governo de Maduro.

Agora, com o peso que o novo governo peruano de Pedro Castillo pode ter na região, juntamente com a posição já repetidamente expressa pelo Presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, de que a OEA deveria ser substituída por outra instituição comprometida com os povos da América Latina e das Caraíbas, e as declarações no mesmo sentido do Presidente argentino Alberto Fernández, entre outros, a organização presidida pelo Sr. Almagro está a dar pontapés e a tentar sobreviver num cenário cada vez mais adverso.

A abolição do Grupo de Lima poderia ser o primeiro golpe nessa direcção.

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