Jornal de Angola.
Entidades governantes, políticas e membros da sociedade civil defenderam maior promoção e divulgação da histórica Batalha do Cuito Cuanavel, travada, a 23 de Março de 1988, contra o regime do apartheid, com vista a transmissão de conhecimento às gerações mais jovens.

Ao intervir no acto que assinalou a data, o vicego-vernador de Malanje para o Sector Político, Económico e Social, Domingos Eduardo, disse ser necessário que os jovens conheçam a história da Batalha do Cuito Cuanavale, para perceberem o caminho percorrido, os sacrifícios consentidos e, sobretudo, como edificamos o desenvolvimento do país, no contexto da África Austral.
Considerou, por isso, ser primordial o Gabinete Provincial da Educação e o dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria realizarem acções como, por exemplo, ciclo de palestras nas escolas, para a divulgação destes e outros aspectos relevantes da história de Angola, em particular, da Batalha do Cuito Cuanavale.
Domingos Eduardo acrescentou que a história recente de Angola regista um dos feitos mais marcantes do “nosso tempo”, cujas envolvências têm a ver com a luta pela libertação de África, com impacto directo na vida dos povos e países da região Austral do continente. “O dia 23 de Março de 1988, levou o exército racista sul- africano a abandonar o campo de batalha, por estar, na altura, completamente derrotado pelas então FAPLA, perdendo o mérito da invencibilidade e sentimento de pertença da hegemonia na região Austral de África”, lembrou o vice-governador.
O director provincial dos Antigos Guerrilheiros de Angola, Miguel António, defendeu a necessidade da história da Batalha do Cuito Cuanavale ser estudada nas escolas para uma maior promoção, divulgação e valorização da sua importância.
Por sua vez, a sub procuradora-geral da República titular da província de Malanje, Francisca Rasgado, disse que a história da Batalha do Cuito Cunavale é interessante, “daí ser necessário a sua divulgação em livros, com tradução em diversas línguas nacionais, para a sua maior compreensão e integração nas comunidades.
A subprocuradora- geral sugeriu ao Governo que o historial dos feitos militares e políticos fosse inscrito na rota do turismo, para que os visitantes saibam da trajectória que o país trilhou até alcançar a Independência Nacional a 11 de Novembro de 1975. Assim, continuou, os jovens também podiam conhecer a história da bravura dos combatentes angolanos que derrotaram o exército racista sul-africano na Batalha do Cuito Cuanavale.
O superintendente, Rui Neto, disse que o 23 de Março, de 1988, hoje consignado Dia da África Austral, “não é um dia normal, pois é uma data em que valorosos combatentes e cidadãos patriotas deram o seu melhor em prol da defesa do país”. “É preciso honrar o Dia e os seus protagonistas”, concluiu.