“Não acuse a França do que depende de você”: Macron encerra sua turnê pela África

O Presidente da República Democrática do Congo, Felix Tshisekedi, passa em revista as tropas juntamente com o seu homólogo francês Emmanuel Macron, Kinshasa, a 4 de março de 2023.

O Presidente francês referiu-se à situação de insegurança na zona oriental da República Popular do Congo (PRD), palco da incursão de um grupo rebelde que, segundo o DPR, é apoiado pelo Ruanda

No âmbito da sua passagem por África, o Presidente de França, Emmanuel Macron, declarou este sábado em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo (RDC), que Paris continua aliada deste país centro-africano, embora lamente o incapacidade das autoridades para restaurar a soberania e a paz na parte oriental desde o genocídio de 1994 em Ruanda, que faz fronteira com a RDC.

Após ser questionado em conferência de imprensa sobre a responsabilidade da França pela insegurança na zona oriental, o presidente francês respondeu: “Sou pela verdade, mas toda a verdade, não estou disposto a assumir todos os encargos, sei assumir meu Vamos ser claros: qual é a situação desde 1994? […] que vários grupos rebeldes prosperaram lá, controlando muita riqueza.”

Nesse sentido, Macron afirmou que “não é culpa da França” que a RDC não tenha conseguido restaurar a soberania “nem militar, nem de segurança, nem administrativa”. “Isto também é uma realidade, não há que procurar culpados lá fora. Não perguntem à França, não acusem a França de algo que depende de vocês”, resumiu, citado pela comunicação social congolesa.

Da mesma forma, Macron, que se reuniu com o presidente da RDC, Felix Tshisekedi, reiterou a sua condenação ao grupo rebelde militar Movimento 23 de Março (M23), que opera em áreas do leste do país, especialmente na província de Kivu do Norte.

Um plano para cessar as hostilidades

Da RDC denunciam que Ruanda apoia o M23, cujos membros são principalmente de etnia tutsi, embora o governo ruandês refute essas acusações. O processo de paz, iniciado em novembro passado em Luanda (capital de Angola), bem como outros esforços mediados por forças regionais para acabar com as hostilidades e garantir a saída do M23 e outros grupos armados da parte oriental da RDC , até agora não prosperaram.

No entanto, Macron mostrou sua confiança no plano. “Se eles não respeitarem, então sim, pode haver sanções”, afirmou o presidente francês, relata France 24. Embora não tenha acusado diretamente Ruanda de apoiar o M23, ele pediu a todos que “assumissem suas responsabilidades”.

Por outro lado, Macron prometeu 34 milhões de euros em ajuda humanitária à nação centro-africana, a que se junta o anúncio da União Europeia de que prometeu estabelecer “uma ponte aérea humanitária” na cidade de Goma com o fornecimento de medicamentos, alimentos e outros itens de emergência para facilitar a vida daqueles que vivem em áreas devastadas pelo conflito. Além disso, Bruxelas destinou mais de 47 milhões de euros por meio de parceiros humanitários para cobrir despesas imediatas.

Mais de 600.000 pessoas foram deslocadas pelo ataque M23, incluindo cerca de 240.000 vivendo em áreas improvisadas nos arredores de Goma.
Com a deslocação à RDC, o Presidente francês encerrou o périplo africano durante o qual visitou o Gabão, Angola e a República do Congo.

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Chefes de Estado analisam paz na Região dos Grandes Lagos.

#EstadosUnidos #África #Economía #Política

JA Online

Uma reunião de alto nível decorreu, esta quarta-feira, em Washington, Estados Unidos da América (EUA), com a participação dos Presidentes de Angola, Rwanda, Burundi, Uganda, Tanzânia e Quénia. A RDC foi representada pelo seu Primeiro-Ministro.

© Fotografia por: CIPRA

O encontro, que decorreu à margem da Cimeira EUA-África, é uma iniciativa do Presidente João Lourenço, na sua qualidade de mediador da União Africana para o conflito no Leste da RDC visou analisar a paz na Região dos Grandes Lagos.

Cimeira EUA-África arranca hoje com melhoria das relações na agenda

#Angola #EstadosUnidos #CimeiraEstadosUnidos-África

Jornalista César Esteves

O Chefe de Estado, João Lourenço, participa, hoje até quinta-feira, aqui, em Washington, na Cimeira Estados Unidos-África, uma iniciativa do Presidente norte-americano, Joe Biden, para demonstrar o compromisso duradouro do seu país com a África e destacar a importância das relações e da cooperação, em prioridades globais compartilhadas, com o continente.

Chefe de Estado reuniu-se com secretário de Estado norte-americano e participou no Congresso do Eximbank © Fotografia por: Edições Novembro

O evento, que vai contar, igualmente, com a presença de vários outros estadistas africanos, vai basear-se nos valores compartilhados, com vista à melhoria de um novo envolvimento económico e o reforço do compromisso entre EUA e África com a democracia e os direitos humanos, mitigação do impacto da pandemia da Covid-19 e de futuras pandemias, trabalhar em colaboração para fortalecer a saúde regional e global, promover a segurança alimentar, a paz e a segurança, bem como responder à crise climática e ampliar os laços da diáspora.

A Cimeira vai decorrer no Centro de Convenções de Walter Washington, com eventos oficiais adicionais ao encontro, a ocorrerem em vários outros locais aqui na capital norte-americana.

O estadista angolano faz-se acompanhar, nesta deslocação, da Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, e de vários membros do seu Executivo, que, em Washington, estão a distribuir-se pelos diferentes painéis, onde serão discutidas as formas como os Estados Unidos da América pretendem relacionar-se, doravante, com o continente africano, sobretudo no que ao sector económico e da cooperação diz respeito.

Congresso anual do Exim Bank 

Às 8h00 locais, o Chefe de Estado vai participar no Congresso Anual da Eximbank, principal evento desta instituição, que será realizado de forma híbrida, com a participação de cerca de 100 pessoas, sendo 75 no formato presencial. Nesta cerimónia, o Presidente da República, João Lourenço, que estará acompanhado do homólogo moçambicano, Filipe Nyusi, será convidado a proferir algumas palavras de circunstância.

O congresso será realizado no formato de debate, com a duração de aproximadamente 30 minutos, com a moderação do director Editorial, Diversidade e Cultura do Jornal Político, John Yearwood.

A audiência deste evento será composta por exportadores dos EUA (grandes e pequenos), bancos (incluindo JPM Morgan, Citi e PNC) e outras instituições financeiras, entidades do Governo do Presidente Biden, membros do corpo diplomático em Washington, agências de crédito à exportação não americanas, associações comerciais, tais como a Câmara de Comércio dos EUA e a Associação Nacional dos Manufactureiros, laboratórios de ideias, como o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais e Brookings Institute.

Audiência a Anthony Blinken

Depois deste encontro, o Presidente João Lourenço vai receber, em audiência, o secretário de Estado Anthony Blinken, o secretário da Defesa, Lloyd Austin, e o coordenador especial do Presidente norte-americano para Parcerias em Infra-Estruturas Globais e Investimento, Amos Hochstein. O programa de actividade do Chefe de Estado, para hoje, prevê, igualmente, audiência ao presidente do Banco Mundial, David Malpass, e uma recepção oferecida pela Câmara dos Representantes no Capitólio. Aqui, o estadista angolano estará acompanhado da Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, e de membros do Executivo. Já no período da noite, o Chefe de Estado será brindado com um jantar de gala, oferecido pela Câmara de Comércio dos EUA.

  Promoção da diplomacia económica no Congresso Anual do Eximbank

O ministro das Relações Exteriores, Téte António, considerou, ontem, em Washington, Estados Unidos da América, a participação do estadista angolano, hoje, no Congresso Anual do Eximbank, uma oportunidade para a promoção da política económica do país, bem como para a atracção de mais investidores privados.

O chefe da diplomacia angolana, que fazia o balanço das actividades de ontem e o lançamento das que vão acontecer hoje, referiu que neste congresso participam vários homens de negócios e outras personalidades com forte intervenção na vida económica norte-americana. “O Eximbank é uma instituição de grande relevo”, destacou.

Téte António ressaltou que, tal como ontem, a agenda de hoje do Chefe de Estado também vai ser dedicada à diplomacia económica.

Referiu que o interesse dos norte-americanos em querer investir em Angola se deve ao facto da acção governativa do Presidente João Lourenço estar a ser bem vista pelos empresários americanos. “Significa que a mensagem está a passar junto de vários actores e, também, que a acção governativa do Presidente João Lourenço está a ser vista com bons olhos”, realçou.

Em relação à Cimeira EUA-África, o ministro das Relações Exteriores disse que, anteriormente, os Estados Unidos da América não tinham demonstrado o mesmo interesse que outras nações já o tinham feito em estabelecer uma parceria estratégica com o continente africano. Referiu que o paradigma usado pelos EUA, para se relacionar com o continente, era mais virada para o formato de uma reunião anual com a Comissão da União Africana.

No plano prático, fez saber que esta Cimeira de Washington vai abordar questões relacionadas com a energia, comércio, saúde e muitos outros temas importantes na relação entre EUA e o continente africano. “Será uma Cimeira bastante abrangente”, assegurou.

Téte António salientou que o grande dia de Angola nesta Cimeira acontece amanhã, quarta-feira, com a intervenção do Presidente da República num dos painéis relacionados com a construção de um futuro sustentável, no âmbito das parcerias para financiar infra-estruturas, incluindo a transição energética. Em relação ao último dia da cimeira, marcada para quinta-feira, o chefe da diplomacia angolana disse que será nesta data em que vai acontecer o encontro dos líderes, onde se vai falar da Agenda 2063, da União Africana.

Fim dos conflitos em África depende dos intervenientes directos.

#África #NaçõesUnidas #UNOCA

Mazarino da Cunha

Os conflitos existentes em África só terão fim quando todos os intervenientes directos e indirectos caminharem de mãos dadas na procura de soluções para uma paz duradour admitiu, ontem, em Luanda, o ministro das Relações Exteriores, Téte António.

Reunião com Representantes Especiais das Nações Unidas para a Região da África Central representa um mecanismo de concertação © Fotografia por: Cedida

Ao intervir na sessão de abertura da reunião de Alto Nível dos Representantes e dos Enviados Especiaissas Nações  Unidas que teve início ontem em Luanda e termina hoje, Téte António disse ser imperioso que todos estejam imbuídos do mesmo espírito e de mãos dadas para solucionar os conflitos existentes no continente.

De acordo com o ministro das Relações Exteriores, a reunião de Alto Nível,vai servir para fazer recomendações e reflexões profundas com vista à estratégia comum, capaz de trazer resultados tangíveis em todas as regiões de África.

Este encontro, frisou Téte António, acontece, sensivelmente, uma semana depois da realização da Mini-Cimeira em Luanda sobre a paz e segurança na região Leste da República Democrática do Congo, que culminou com a assinatura do comunicado final e do Plano de Acção.

Téte António referiu que a Mini-Cimeira de Luanda mostrou ser um processo de aprendizagem na medida em que dela saíram decisões que alicerçaram as iniciativas das várias sub-regiões, como, por exemplo, a complementaridade que existe agora entre o Processo de Luanda e o Processo de Nairobi, bem como o apoio das Nações Unidas durante a implementação das deliberações dos Chefes-de-Estados.

O ministro das relações exteriores referiu que a realização da reunião de Alto Nível dos Representantes Especiais e dos Enviados Especiais das Nações Unidas para a Região da África Central é uma iniciativa que se pode   tornar num mecanismo de concertação e consulta permanente.

A presença do representante especial do Secretário-Geral para a África Central e chefe do escritório regional das Nações Unidas para a África Central (UNOCA), Abdou Abarry e não só, frisou o ministro das Relações Exteriores, demonstra a dedicação e trabalho em prol das causas mais nobres do continente africano e dos seus povos, bem como da paz e estabilidade mundial.

“O povo africano deve viver em paz para que o desenvolvimento e o respeito sobre os direitos humanos sejam uma realidade em toda sua plenitude”, afirmou o ministro Téte António.

 Representante da UNOCA

O secretário-geral para a África Central e chefe do escritório regional das Nações Unidas para a África Central (UNOCA), Abdou Abarry, disse que este é o primeiro dos vários encontros que vão acontecer para analisar a paz e segurança na sub-região africana.

Em dois dias, frisou Abdou Abarry, os participantes discutiram as prioridades comuns dos quadros existentes para orientar uma visão estratégica conjunta que exige o envolvimento das Nações Unidas na sub-região do continente.

Abdou Abarry disse que a reunião de Luanda visou coordenar as acções e complementar os trabalhos das Nações Unidas sobre a paz e a segurança na sub-região.

Para a coordenadora residente das Nações Unidas em Angola, Zahira Virani a realização da reunião de Alto Nível dos Representantes Especiais e dos Enviados Especiais das Nações Unidas para a Região da África Central é um claro sinal de apoio e da importância que Angola tem para a pacificação do continente.

Segundo a coordenadora residente das Nações Unidas em Angola, África precisa de uma forte estabilidade e Angola tem tido um papel crucial, reconhecido no seio das Nações Unidas.

“Precisamos de manter o diálogo e encontrar soluções conjuntas e coordenadas, para conseguirmos avanços concretos na conquista da paz, da segurança e da estabilidade para todos os povos africanos”, sublinhou Zahira Virani.

Além do representante especial do Secretário-Geral para a África Central e chefe do escritório regional das Nações Unidas para a África Central (UNOCA), Abdou Abarry, assistiram ao encontro o representante especial para a República Democrática do Congo e chefe da Missão de Estabilização da Organização das Nações Unidas na RDC (MONUSCO), Bintou Keita, o representante especial para a República Centro-Africana e chefe da Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização na República Centro-Africana (MINUSCA),Valentine Rugwabiza, bem como o enviado especial do Secretário-Geral da ONU para a Região dos Grandes Lagos, Huang Xia.

A realização da reunião de Alto Nível dos Representantes Especiais e dos Enviados Especiais das Nações Unidas para a Região da África Central teve a iniciativa do Escritório Regional das Nações Unidas para a África Central (UNOCA).

  Téte António apresenta estratégia diplomática

O ministro das Relações Exteriores, Téte António, apresentou, em Bruxelas, Bélgica, a visão estratégica da diplomacia angolana, virada essencialmente à política africana, sem descurar as questões da política externa e da cooperação internacional.

Na sua alocução, no Conselho de Ministros da Organização África, Caraíbas e Pacífico (ACP)/União Europeia (UE), fez saber que os compromissos com outros organismos e organizações internacionais também fazem parte da agenda diplomática do país.

Segundo uma nota de Imprensa, a que Angop teve acesso ontem, o governante explicou que esta aposta se deve à existência de conflitos armados, reinantes em certas regiões, insegurança e penúria alimentar, assim como a necessidade de uma profunda reforma na Organização das Nações Unidas (ONU).

Por outro lado, defendeu que África deve trabalhar para mudar o conceito de um continente de fome, insegurança e de conflito e mostrar ao mundo a sua verdadeira potencialidade, dado os recursos naturais existentes.

Na visão do diplomata, Angola deve amadurecer a ideia da realização de uma cimeira a nível de África, para debater os grandes desafios para o desenvolvimento do continente africano.

Aproveitou a reunião para partilhar a estratégia e o modo de actuação da diplomacia angolana, além de debruçar-se sobre a preparação da 10ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da OACP a realizar-se de 6 a 10 deste mês, em Luanda.

Téte António, abordou ainda o novo acordo de parceria entre a OACP e a UE que constituirá o novo quadro jurídico para as relações entre o bloco europeu e os 79 países de África, Caraíbas e Pacífico (ACP).

O referido documento visa reforçar a capacidade da UE e dos países da ACP para responderem em conjunto aos desafios mundiais. Estabelece princípios comuns e abrange domínios como democracia e Direitos Humanos, desenvolvimento e crescimento económico sustentável,

alterações climáticas, desenvolvimento humano e social, paz e segurança, entre outros.

O acordo incluiu uma base comum a nível dos Estados ACP combinada com três protocolos regionais para África, Caraíbas e o Pacífico, com um enfoque nas necessidades específicas destas regiões.

O Conselho de Ministros da ACP-UE é a instituição superior da parceria ACP-UE. Reúne-se uma vez por ano, em Bruxelas, e num país da organização alternadamente.

Países africanos preocupados com os preços dos alimentos.

#Angola #Europa #África #CrisisAlimentaria

Xavier António

O aumento dos preços dos alimentos e da energia no mercado internacional constitui uma “verdadeira ameaça” para a segurança alimentar e um “perigo” para os orçamentos de vários Estados africanos, considerou, esta segunda-feira, em Luanda, o especialista em Relações Internacionais Amaral Lara.

Professora Laura Pereira e o especialista Matias Pires © Fotografia por: DR

O docente universitário, que falava na Conferência sobre Diplomacia e Segurança Internacional, uma iniciativa da Academia Diplomática Venâncio de Moura, defendeu, por isso, a necessidade do aumento da produção interna ou a criação de estratégias colectivas para atenuar a dependência às exportações.

Amaral Lara disse, igualmente, que com o actual cenário internacional é uma oportunidade para os Estados produtores de petróleo e gás tentarem preencher a lacuna no fornecimento para a Europa e materializar as suas estratégias de diversificação económica.

Ao dissertar sobre “A posição dos Estados africanos face ao conflito da Ucrânia”, o professor entende que, apesar da neutralidade dos países africanos mediante o conflito, estes poderão sofrer consequências.

“Por um lado, devido à neutralidade e, por outro, o diálogo, uma vez que muitas economias africanas dependem dos produtos como o trigo e fertilizantes provenientes da Rússia e da Ucrânia”, acentuou.

Por seu turno, a professora de Ciência Política e Relações Internacionais da Universidade do Minho, em Portugal, Laura Pereira, disse que a guerra na Ucrânia provocou a deterioração do ambiente de segurança na Europa, “o que obrigou as alianças existentes cerrarem fileiras e a encontrarem estratégias múltiplas para lidar com a crescente ameaça russa”.

Angola assume vice-presidência do Conselho Mundial da Paz em África.

#Angola #Vietnam #África #CMP

Jornal de Angola

Angola assumiu, em Hanói (Vietname), a vice-presidência do Conselho Mundial da Paz (CMP) para a região africana, com a eleição da angolana Elisa Salvador.

Elisa Salvador (ao centro) foi eleita vice-líder do organismo internacional no final da assembleia © Fotografia por: DR

Segundo uma nota de imprensa, citada sábado pela Angop, a também actual presidente da Liga Angolana de Amizade e Solidariedade com os Povos (LAASP) foi eleita como vice-presidente deste organismo internacional no final da 22ª Assembleia Mundial de Paz, que decorreu de 21 a 26 deste mês, em Hanói.

Em representação de Angola, no evento, Elisa Salvador considerou necessária a acção do Conselho Mundial da Paz na preservação de um mundo melhor sem conflitos.

Ao discursar no encontro, lembrou que Angola “não apoia as lutas e conflitos militares, golpes de Estado e movimentos rebeldes”, mas desenvolve uma ajuda activa internacional em busca de soluções e união entre os povos, primando sempre pelo diálogo e manutenção da paz e da estabilidade dos países.

Na ocasião, destacou o papel do Presidente da República, João Lourenço, que de forma abnegada busca pela união dos africanos, tendo sido distinguido como o “Campeão da Paz”, título que demonstra o trabalho e esforço do Chefe de Estado angolano na segurança da paz.

Além disso, referiu que o plano interno de Angola também prima pela preservação dos direitos das pessoas, em especial das crianças e da juventude.

A 22ª Assembleia do Conselho Mundial da Paz, realizada pela Organização das  Nações Unidas, em Hanói, Vietname, teve como objectivo o “fortalecimento da luta anti-imperialista e a solidariedade por um mundo de paz e justiça social”.

Luanda acolhe Fórum Internacional da Juventude com as Embaixadas.

#Angola #ÁfricaUnited #Política

Edvaldo Lemos | Caxito

Cerca de 900 líderes juvenis africanos participam, de hoje a sexta-feira, na II Edição do Fórum Internacional da Juventude com as Embaixadas, a decorrer no Memorial António Agostinho Neto, em Luanda.

Cidade de Luanda © Fotografia por: Edições Novembro

O evento, a decorrer sob o lema  “African United”,  juntos com o mesmo pensamento, reúne  angolanos e estrangeiros com o objectivo de promover o intercâmbio, experiências e oportunidades entre jovens e as embaixadas acreditadas nos diversos países africanos.

Vários líderes de organizações juvenis já confirmaram a presença no encontro de Luanda, nomeadamente, Ussumane Sadjo, da Guiné-Bissau, Alector Timas, de Cabo Verde, Ruth Boane, Albertina Tembe, Samuel Jotamo e Joe Williams, de Moçambique, Isildo Tito Marques e Winy Mule, de Angola.

Estão também confirmadas as presenças dos embaixadores Gong Tao, da China, Josef Smets, Bélgica, Rafael Vidal, do Brasil, Estados Unidos, Tulinabo Mushingi, e de Portugal, Francisco Alegre Duarte.

A cerimónia terá momentos de distinções e condecorações de entidades nacionais e internacionais que se têm destacado nas mais diversas áreas da sociedade em África, que receberão diplomas e crachás de reconhecimento pelo trabalho realizado no continente.

As distinções e condecorações serão das seguintes categorias: “Paz e Resolução de Conflitos em África”, “Amigo de África” e “Desenvolvimento Económico e Social” a nível do continente africano.

 Em declarações, ontem, ao Jornal de Angola, o porta-voz do Fórum, Carlos Vemba, disse que a organização pretende homenagear, neste dia, o Presidente de Angola, João Lourenço, pelo seu empenho e dedicação na resolução dos problemas do continente africano.

“Os jovens africanos também reconhecem o empenho do Senhor Presidente de Angola, João Lourenço, como filho de África que tudo tem feito para resolver as crises que o continente atravessa”, realçou.

Carlos Vemba adiantou que o financiamento para a materialização de projectos da juventude  é uma das questões que constam nos seis painéis levados a debate pelos líderes e associações juvenis.

“Os jovens vão expor os projectos para empreender, mas que muitas vezes não têm encontrado financiamento. Vamos apresentar estes projectos naquele que é o maior fórum de  interacção da juventude com os embaixadores”, sustentou.

 O evento, organizado pela Associação dos Especialistas em Relações Internacionais de Angola e pelo Fórum Internacional de Jovens com as Embaixadas (FIJE), é dirigido aos líderes de opinião, representantes de organizações partidárias e de associações juvenis.

Angola termina mandato na presidência da CJCA.

#Africa #Angola #CJCA

JA Online

Angola vai terminar o seu mandato, de três anos, na Conferência das Jurisdições Constitucionais Africanas (CJCA), durante o 6.º congresso da organização que arranca, de 22 a 24 do corrente mês, no Reino de Marrocos, soube o JA Online.

© Fotografia por: DR | Arquivo

No evento, o país participa com uma delegação chefiada pela juíza conselheira presidente do Tribunal Constitucional, Laurinda Cardoso, A vice-presidente, Guilhermina Prata, e os juízes conselheiros Carlos Teixeira, Victória Izata e Júlia Ferreira, fazem também parte da delegação.

O 6.º Congresso da CJCA, vai, nesta edição, debruçar-se sobre a relação das Jurisdições Constitucionais Africanas e o Direito Internacional, cabendo ainda espaço para a eleição do país que nos próximos anos vai dirigir os destinos da instituição, em substituição de Angola.

Composta por 48 instituições constitucionais, a CJCA, com sede na Argélia, é uma instituição africana que reagrupa os Tribunais Africanos responsáveis pelo asseguramento e o cumprimento cabal da Lei Magna nos respectivos países.

A organização trabalha ainda directamente na promoção da justiça constitucional, no intercâmbio de experiências, na promoção de jurisprudência constitucional, na divulgação de valores e princípios universais do Estado de direito, da democracia e dos direitos humanos, conforme consagrado no preâmbulo do Acto Constitutivo da União Africana.

União Europeia saúda esforço diplomático de Angola em busca de paz na RDC.

#Angola #UniónEuropea #Paz

JA Online

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, reunidos, esta segunda-feira, em Bruxelas, saudaram o trabalho diplomático que Angola tem desenvolvido com vista à pacificação na República Democrática do Congo (RDC), disse o ministro português João Cravinho.

© Fotografia por: DR | Arquivo

Em declarações à imprensa após a reunião, o chefe da diplomacia portuguesa apontou que um dos temas debatidos pelos 27 foi “a situação nos Grandes Lagos”, onde se vive actualmente “um quadro de catástrofe humanitária”, com “literalmente milhões de mortos ao longo dos últimos anos”.

João Cravinho observou, também, que “há um processo de paz, um diálogo político que está a ser mediado por Angola, entre o Rwanda e a República Democrática do Congo”, que a União Europeia apoia.

Vice-Presidente defende elaboração de Atlas Geográfico

#Angola #Egipto #ÁfricaAustral #Política

Mazarino da Cunha | Em Sharm el-Sheikh

A Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, defendeu, esta terça-feira (8), em Sharm El-Sheik, Egipto, no evento de alto nível paralelo à COP27, a necessidade de elaborar-se um Atlas Geográfico para o inventário de todos os reservatórios e barragens existentes na África Austral.

Esperança da Costa manteve encontros de trabalho durante o evento de alto nível paralelo à COP27 © Fotografia por: João Gomes | Edições Novembro | Egipto

Esperança da Costa, falando no painel sobre “Gestão de Riscos de Desastres”, disse que a elaboração do Atlas Geográfico vai permitir aos países da região partilhar dados sobre os reservatórios e barragens, bem como o monitoramento e avaliação de zonas húmidas ao longo das bacias hidrográficas.

Angola, frisou a Vice-Presidente da República, reconhece e sabe das consequências das alterações climáticas, da emissão de gases com efeito estufa e das vulnerabilidades sociais que são cada vez mais acentuados em todo o mundo.

Com esses e outros desafios do planeta Terra, disse Esperança da Costa, urge a necessidade de reflectir, em conjunto, para a identificação das soluções de natureza política e científica para se reverter a actual situação, num dia em que a COP27 homenageou o continente berço da Humanidade.

De acordo com a Vice-Presidente da República, Angola tem feito tudo para o desenvolvimento da investigação científica ambiental, incluindo na melhoria da rede de observação da terra, através do reforço tecnológico e do capital humano.

Esperança da Costa lembrou que Angola está a materializar a Declaração de Maputo, que visa o alinhamento e promoção de acções conjuntas, coordenadas e integradas, para a recuperação, gestão, monitoramento e conservação da floresta de Maiombe e não só.

Além da componente científica que o Governo angolano defende, como prioridade para o combate às alterações climáticas, frisou a Vice-Presidente da República, está, também, ligada a iniciativas de âmbito regional, participando em projectos ambientais financiados pela União Africana.

Esperança da Costa, em representação do Presidente João Lourenço na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, disse que Angola vai honrar o seu compromisso em continuar a trabalhar no sentido de catalisar investimentos no âmbito da operacionalização dos sistemas de alerta ambientais.