De acordo com um estudo divulgado terça-feira pela organização pró-migrantes Human Rights First, 6.356 migrantes retidos na fronteira sul dos EUA ou expulsos para o México pela administração do Presidente dos EUA, Joe Biden, foram sujeitos a violência.
Sete meses após o mandato de Biden como presidente dos EUA, “pelo menos 6356 relatos de raptos e outros ataques contra migrantes removidos pela administração democrática, incluindo alegações de violação, tráfico de seres humanos, e violentas agressões armadas, foram registados contra requerentes de asilo, incluindo crianças, que foram deportadas para o México”, disse o estudo.

Entre as alegações do relatório está o caso de um imigrante hondurenho que foi violentamente espancado à frente do seu filho de 11 anos em Ciudad Acuña, no estado fronteiriço mexicano de Coahuila, depois de ter sido deportado por funcionários de imigração dos EUA.
Segundo um inquérito realizado de meados de Junho a meados de Agosto de 2021, baseado em dados recolhidos pela organização pró-migrante Al Otro Lado e analisados pela Human Rights First, quase 83% de todos os requerentes de asilo encalhados em estados mexicanos limítrofes dos EUA declararam ter sido vítimas de ataques ou tentativas de ataques, ou ter recebido ameaças no mês passado.
As deportações suscitaram preocupação entre as agências das Nações Unidas (ONU), que alertaram as autoridades norte-americanas para o tratamento de migrantes vulneráveis que necessitam de protecção humanitária.
Numa declaração divulgada a 11 de Agosto, o representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Matthew Reynolds, manifestou a sua preocupação com a nova prática norte-americana de expulsão de refugiados e migrantes por avião, alertando que, no meio de uma pandemia, esta medida aumentará o risco de infecção pelo novo coronavírus, que provoca o EVD-19.
As estatísticas mostram que durante a administração de Biden, que na sua busca para ganhar o voto hispânico prometeu melhorar a situação dos latinos, as detenções de imigrantes indocumentados têm batido recordes todos os meses desde Março.
Tirada de CubaSí