Quem é Apacuana, a indígena cuja escultura em Caracas gerou comentários discriminatórios?

 

Os comentários contra a medida tomada pelo Gabinete do Prefeito de Caracas são uma maneira de “negar a história comum” que remonta há cerca de 6.000 anos.

¿Quién es Apacuana, la indígena cuya escultura en Caracas ha generado comentarios discriminatorios?

A mudança da estátua de um leão estacionado na entrada de Caracas, a capital venezuelana, por meio de um cacique indígena que resistiu à conquista espanhola, desencadeou uma série de comentários nas redes de discriminação contra os povos indígenas da Venezuela.

A prefeita de Caracas, Érika Farías, compartilhou as imagens da nova escultura, localizada na estrada Valle-Coche, a entrada para a capital do centro e oeste do país, que substituiu a de um leão em pé sobre as patas traseiras. Segura o escudo com a cruz de Santiago, como símbolo da fundação da cidade de Santiago de León de Caracas, em 1567, segundo o Instituto do Patrimônio Cultural do município Libertador.

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Erika Farías Peña @ ErikaPSUV
#Apacuana protege a entrada do nosso #Caracas Insurgente.
Reivindicamos o trabalho de um grande guerreiro que no século XVI resistiu à colonização dessas terras.
Com a força da nossa história, continuaremos a resistir à cultura colonial que se recusa a morrer.
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5:01 – 11 de dezembro 2018

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A nova escultura de sete metros feita pelo artista Giovanny Gardeliano representa Apacuana, líder dos Quiriquires, povos indígenas da nação caribenha, que viviam na sub-região dos Vales de Tuy, no estado de Miranda, que pertence à Grande Caracas ou à região. capital.

Quem foi Apacuana?
Apacuana, mãe do cacique Guasema, organizou e dirigiu em 1577 uma insurreição contra os colonizadores espanhóis liderados por Garci González de Silva, no ‘Valle de Salamanca’ (atual Valles del Tuy), segundo o livro ‘Historia de la Conquista y População da Província da Venezuela, por José Oviedo e Baños.

Essa mulher indígena era uma mulher muito sábia e respeitada, conhecedora dos segredos medicinais das plantas, um texto do historiador venezuelano Iraida Vargas, publicado no site da Prefeitura de Caracas.

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Segundo Vargas, o líder dos Quiriquires tinha “muito prestígio entre os povos da região”, o que lhe permitiu organizar a insurreição, que foi sufocada pelos colonizadores.

Apacuana, “o principal motor da insurreição”, segundo Oviedo e Baños, foi capturada e enforcada, “deixando-a pendurada onde todos a viram, para que seu cadáver se movesse com o horror da punição”. Esse assassinato, junto com outros 200 índios na mesma noite, significou a subseqüente rendição desse povo indígena.

O leão e a mulher
A retirada da escultura do leão, lançado em Madrid, Espanha, e erigido em 1984, foi listado pelo historiador venezuelano Manuel Almeida como “irreverente e consistente” com o que eles estão propondo como “história insurgente”.

No cronista da cidade de Los Teques, Estado Miranda, dizem que o leão representa “um sistema imperial que foi instalado no continente com sangue e fogo”, simbolizando “a visão dominante questionar a condição humana” do indígena

Almeida lamenta que, embora Apacuana tenha resistido com seu povo à conquista por sete anos, ela só tem três páginas nos livros: “Eles batizam muito pouco por ser mulher, era ‘piache’ [curandeiro]”.

“Um índio que ninguém conhece”
A publicação do prefeito gerou reações duras e insultos em algumas mídias locais e redes sociais. Entre os argumentos daqueles que se opuseram estavam a suposta “destruição da história” ou “eliminação dos símbolos da cidade”, a discordância de ter erigido uma “estátua indiana” desconhecida e até encorajando práticas de feitiçaria.

haydee rodriguez @ hayderodriguez

Em resposta a @GegeRpz

Que Apacuana, que papel desempenhou na História da Venezuela para que durante a noite ela apareça, quem a descobriu? Explicar
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22h47 – 11 de dezembro 2018
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Sol Rojas @ sol651
DESTRUIR NOSSOS SÍMBOLOS @ErikaPSUV remove o León de Caracas do Valle-Coche e coloca “Apacuana”. Substituir o León de Caracas é apagar a nossa História aunq as más línguas dizem que são novos Witchcraft Embora com Feitiçaria não parem a Liberdade pic.twitter.com/Rj8olLUbiB
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22h19 – 10 de dezembro 2018
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Diante das acusações de que a cacica vivia nos Valles de Tuy, a cerca de 48 quilômetros da capital venezuelana, o historiador consultado considera “absurdo” não reconhecer as “populações geo-históricas construídas em uma cidade”. “Eles negam a presença de uma história comum”, acrescenta ele.

No que diz respeito à afirmação de que ela é uma indígena desconhecida, Almeida acredita que ainda há muito o que estudar dos povos indígenas. “Temos que revisar constantemente o passado, a identidade, para pensar em construir um futuro”.

Abraão. @ AbrasG23
Quem deu permissão ao bastardo do @ErikaPSUV para remover a estátua emblemática do León de Caracas localizado no vale-carro por um índio Apaquana que ninguém conhece? vale a pena ler este tópico.
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3:02 – 11 de dezembro 2018
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Veja os outros Tweets de Abraham.

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Para aqueles que acreditam que a história está sendo “apagada”, o pesquisador e o cronista nos lembra que “o que somos não está apenas ligado aos 500 anos de dominação”, porque existe um estágio anterior. “Temos uma história rica, uma história viva de mais de 6.000 anos”, diz ele.

AlbertoNews

Alberto @ AlbertoRodNews
FOTOS | Apagando a história: Estátua do Leão de Caracas no Valle-Coche foi substituída pela Apacuana – https://albertonews.com/nacionales/fotos-estatua-del-leon-de-caracas-en-la-valle-coche- foi-substituído-pelo-apacuana / …
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3h12 – 11 dezembro 2018
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E o leão?
Embora o destino da escultura do leão, que é uma herança do país sul-americano, ainda seja desconhecido, Almeida acredita que mudá-lo “não está levando a história embora”, mas “reconhecer a existência de um mais profundo”.

Em sua opinião, deve ser conservado pelo seu valor patrimonial. “Não podemos cair no que criticamos, que é apagar a história”, diz ele.

Como forma de reconhecer essa história invisível e estrelar as mulheres venezuelanas, em 8 de março de 2017 o governo venezuelano mudou-se para o Panteão Nacional, um prédio onde repousam figuras ilustres do país sul-americano, os restos simbólicos de Apacuana, juntamente com os escravos Hippolita. e Matea, que participou da criação de Simón Bolívar.

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Gobierno del Distrito Capital@GobiernoCapital

📸 | Así fue el traslado de nuestras heroinas de la Patria, Hipólita, Matea y Apacuana al Panteon Nacional

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