El lawfare: crime político em nome da lei.

#AmericaLatina #CELAG #Política

Por Raúl Antonio Capote

A chegada ao poder de governos progressistas na América Latina durante a primeira década do século XXI deu um duro golpe nos projectos neoliberais na região.

A nacionalização de empresas estratégicas como os recursos energéticos, a redistribuição da riqueza e o aumento da presença do Estado em questões sociais permitiu o acesso de amplos estratos sociais à educação, saúde e habitação.

Estas políticas afectaram interesses privados e estrangeiros, na sua maioria americanos.

Imagem de Razones de Cuba

Washington e os seus aliados locais precisavam de reforçar uma arquitectura jurídica que protegesse e concedesse privilégios ao capital transnacionalizado, afastasse os seus inimigos do poder através do uso da lei, e os imobilizasse politicamente.

De acordo com o Centro Estratégico Latinoamericano de Geopolítica (Celag), a lei é “a supremacia e o abuso do aparelho judicial, articulado com a manipulação da opinião operada pelos meios de comunicação social, para expulsar certos líderes e grupos da política, com o objectivo imediato de restaurar a ordem neoliberal”.

A injusta condenação de Cristina Fernández de Kirchner a seis anos de prisão e a desqualificação para o exercício de cargos públicos, proferida após o julgamento no caso Vialidad, o assédio constante dos meios de comunicação social, as acusações absurdas e constantes contra ela e os seus familiares, ostentam a marca deste tipo de operações.

Horas após a condenação de Cristina, os acontecimentos no Peru tornaram-se conhecidos, onde o presidente, Pedro Castillo, foi demitido e preso, enquanto o Ministério Público realizou operações no Palácio do Governo para recolher provas contra ele, acusado de rebelião e conspiração, após ter declarado o estado de emergência no país.

Durante o seu mandato, o presidente peruano enfrentou seis investigações judiciais sobre corrupção, e teve de governar o tempo todo sob o assédio dos meios de comunicação social e da oposição partidária.

Em ambos os casos, trata-se de operações de tarifa, para além das realizadas contra Rafael Correa, Jorge Glas, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff, Evo Morales, Fernando Lugo, etc.

Este método faz parte de uma guerra não convencional, juntamente com sanções económicas, campanhas mediáticas para desacreditar, acções políticas e diplomáticas e subversão interna.

Hoje conhecemos os programas de assessoria fornecidos pelo governo dos EUA aos membros do sector judicial da região, como o programa Pontes 30, no âmbito das reformas judiciais, no qual Sergio Moro, o juiz responsável pelo processo Lava Jato no Brasil, participou.

Sob o pretexto de uma suposta luta contra a corrupção, utilizam sofisticadas campanhas de relações públicas para enganar o público, conseguindo muitas vezes paralisar a acção popular.

No entanto, a corrupção tem sido uma característica regular dos governos neoliberais no continente e não dos governos progressistas. A verdade vem ao de cima repetidamente. Não há nada que eles possam fazer para parar o curso da história, o que absolverá os inocentes e colocará os verdadeiros culpados no lugar que eles merecem.

Fascismo desmascarado para defender a esquerda.

#Fascismo #CasadeLasAméricas #Cuba #AméricaLatina #Neofascismo

A Casa de las Américas “apela aos seus amigos no continente, todas as pessoas honestas das mais diferentes convicções políticas, a unirem as suas vozes para denunciar esta nova ofensiva fascista, pelos nossos direitos mais básicos, pela nossa dignidade e pelas nossas vidas”.

Em resposta ao contra-ataque lançado pela ala direita “face ao triunfo na América Latina de governos progressistas movidos pela fé na mudança real e pela insatisfação com as políticas devastadoras promovidas pelos seus opositores”, a Casa de las Américas emitiu uma declaração intitulada Uma Cimeira Neo-Fascista na Nossa América.

A fim de realizar este objectivo, “nos dias 18 e 19 de Novembro – convocada pela Conferência Política da Acção Conservadora (cpac) – terá lugar no México uma cimeira dos derrotados, na qual Mauricio Macri, José Antonio Kast, Keiko Fujimori e Eduardo Bolsonaro (filho do destronado Jair) brilharão, e na qual personagens como Luis Fernando Camacho, Steve Bannon e Lech Walesa não ficarão deslocados”, refere o documento.

“O direito na América Latina e nas Caraíbas (…) é um zeloso guardião da democracia quando as regras do jogo o favorecem. Mas se teme perder mais do que algumas eleições e alguns privilégios, recorre descaradamente à mais vasta gama de violência, incluindo golpes de Estado (…) e, se necessário, tortura, desaparecimentos e massacres. Só depois de o seu poder ter sido consolidado é que volta a mostrar um rosto aparentemente mais gentil, desde que as circunstâncias não o levem a recorrer de novo ao seu lado feroz”, denuncia o texto.

Consciente de que “as esperançosas vitórias da esquerda nos últimos anos na nossa região devem ser defendidas”, a declaração assegura que “cabe-nos a nós desmascarar todas as armadilhas e tramas que ameaçam os esforços para expandir a justiça social e a vindicação dos pobres da terra”.

A Casa de las Américas “apela aos seus amigos no continente, a todas as pessoas honestas das mais diferentes convicções políticas, a unirem as suas vozes para denunciar esta nova ofensiva fascista, pelos nossos direitos mais básicos, pela nossa dignidade e pelas nossas vidas”.

A Rússia, a Venezuela, a Arábia Saudita e o Irão serão o braço do petróleo e do gás dos BRICS?

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A sayona ataca de novo…a sua maldição vai para mais.

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Confissões da USAID: nova fase de pressão e interferência contra a Venezuela.

#ElBloqueoEsreal #CubaPorLaPaz #AmericaLatinaUnida #InjerenciaDeEEUU #USAID #NED #TerrorismoMadeInUSA

Por Redacción Razones de Cuba

A 15 de Setembro, Marcela Escobari, a actual administradora assistente para a América Latina e Caraíbas da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), deu um testemunho perante a Comissão de Relações Externas do Senado dos EUA, no qual avalia a política de Washington em relação à Venezuela, mais especificamente, a da referida agência.

Como sabemos, a USAID, através de apoio financeiro e programas de formação, faz parte do aparelho intervencionista dos EUA e tem influenciado os assuntos internos da Venezuela durante vários anos, com cada vez menos discrição.

Imagen de Razones de Cuba

O ponto mais relevante no testemunho de Escobari é aquele que mostra as acções que a agência irá tomar a partir de agora, tendo em conta o fracasso da operação Guaidó, por um lado, e as medidas tomadas pelo governo venezuelano para restaurar a ordem política e conseguir alívio no sector económico, mesmo no meio de medidas coercivas unilaterais.

Antes disso, Escobari defende que, segundo a USAID, o governo dos EUA deve continuar a financiar a interferência “humanitária” na Venezuela. É claro que os dados ou são arbitrários (utilizando o seu próprio sistema de fontes) ou retirados do contexto, mas conhecer os mais importantes dar-nos-á uma melhor visão dos elementos que continuarão a ser explorados como uma narrativa contra o país.

CAMPANHAS DE MENTIRAS PARA JUSTIFICAR O PRÓXIMO PASSO
O primeiro destes aborda a situação económica actual. A USAID tenta minimizar o progresso do Estado venezuelano nesta questão, o que se tem reflectido numa taxa de câmbio parcialmente estável, na recuperação da actividade comercial e na erradicação da hiperinflação.

De acordo com o FMI, a economia da Venezuela contraiu-se de 352,2 mil milhões de dólares em 2012 para 46,5 mil milhões em 2021, um declínio de 86,8 por cento. Mesmo que a economia crescesse de acordo com a estimativa do regime de 10% em 2022 – e isso é improvável – o declínio continuaria a ser de 85,5%.

A parte acima citada utiliza dados do FMI (o organismo que se recusou a dar à Venezuela 5 mil milhões de dólares em direitos de saque especiais que seriam utilizados para combater a pandemia e que, desde o início, legitimou a taxa do dólar contra o bolívar no mercado paralelo ilegal) para sublinhar a ideia de que a Venezuela não está a sofrer qualquer recuperação económica e que é necessária “intervenção”.

Uma afirmação que é fácil de desmantelar, uma vez que existem dados suficientes de organismos independentes para apoiar a tese de que as erradas “sanções” emitidas pelos Estados Unidos, e também pela União Europeia, prejudicaram a economia venezuelana e afectaram a situação humanitária, especialmente no que diz respeito à alimentação e à saúde. O relatório da Relatora Especial da ONU, Alena Douhan, é um deles. As conclusões sobre a situação na Venezuela foram apresentadas após entrevistas com actores institucionais e vários sectores políticos.

Outra questão abordada pela avaliação da USAID é a migração. Apresenta números desproporcionados sobre a migração venezuelana (e não menciona nada sobre o sempre crescente afluxo de venezuelanos de regresso ao país) e, tirando partido do contexto da guerra na Ucrânia, faz uma comparação que manipula ambos os casos de migração e torna o venezuelano mais urgente. Algo semelhante foi feito pelo anti-Chavismo com a Síria. David Smolansky, líder do partido Voluntad Popular, faz sempre comparações que procuram exagerar a situação migratória na Venezuela.

Recordemos quem a administração Biden pôs a cargo da USAID. Samantha Power, a primeira promotora da intervenção militar na Líbia e da interpretação mais violenta da doutrina R2P (responsabilidade de proteger), acrescentou novos ingredientes à narrativa da diáspora venezuelana, incluindo a exploração mediática das travessias migratórias através da selva de Darien, entre a Colômbia e o Panamá, e do Rio Bravo, entre o México e os Estados Unidos, para manter viva a narrativa. Não é, portanto, surpreendente que um dos tópicos da avaliação de Escobari sobre a Venezuela esteja enraizado na suposta crise migratória.

Finalmente, um parágrafo é dedicado à habitual deslegitimação das instituições venezuelanas, acusando o governo de Maduro de “corrupção, censura e coerção”. A ênfase é colocada na alegada perseguição política e detenções, e é apoiada por relatórios questionáveis da OEA e da Missão “Independente” da ONU sobre a Venezuela, bem como por defensores auto-nomeados dos direitos humanos que frequentemente recebem financiamento da própria USAID.

O governo venezuelano forneceu todos os instrumentos para o Tribunal Penal Internacional (TPI) determinar a situação dos direitos humanos na Venezuela, tendo mesmo conseguido que a instituição abrisse um escritório em Caracas para mais ligações.

Do mesmo modo, desde 2019, tem implementado mecanismos de cooperação e assistência técnica com o Gabinete do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos e tem-lhe permitido realizar o seu trabalho em total liberdade.

Os relatórios resultantes de ambas as articulações contrastam com a campanha de mentiras que procuram criminalizar a Venezuela e com os relatórios publicados pelo antigo Alto Comissário da ONU, Michel Bachelet, antes de trabalhar em coordenação com o governo venezuelano.

O ROTEIRO E ALGUNS CENÁRIOS
A última parte do documento é a mais valiosa (“apoio à transição democrática”), como dissemos no início, uma vez que expõe as principais características do plano da USAID na Venezuela. Refere-se a “três áreas para promover a unidade da oposição e pressionar para a melhoria das condições eleitorais”. Diz que continuará a apoiar o “governo interino”, mas também apoiará a iniciativa de uma primária eleitoral para a participação subsequente nas eleições presidenciais.

A USAID admite abertamente que irá apoiar a formação de um candidato anti-Chavista para concorrer naquilo a que chama desde o início “eleições não livres”. Nesta fase do jogo político, sabemos que quando diz “apoio” significa ajustar um que segue os requisitos da Casa Branca.

Neste sentido, a agência declara a sua intenção de financiar meios de comunicação e ONGs que queiram servir de plataforma para dar maior profundidade à questão da “crise migratória” e da “violação dos direitos humanos”.

Isto não é algo que a USAID não tenha tentado antes. Desde há duas décadas, cada campanha eleitoral na Venezuela tem sido acompanhada por milhões de dólares, fornecidos pela agência norte-americana aos meios de comunicação e ONGs, para reforçar os candidatos anti-Chavista ou alimentar a narrativa de “fraude eleitoral”, conforme o caso. Em 2021, por exemplo, foi criado um novo recurso de interferência estrangeira (Monitor Venezuela) com a Universidade Católica Andrés Bello (UCAB), o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP) e a associação civil Súmate, cujo objectivo era conspirar e desinformar sobre as eleições regionais e municipais.

Outro precedente que deve ser observado: no contexto do golpe de Estado de 2002, a USAID começou a financiar um projecto de apoio a grupos da oposição na Venezuela, sob o pretexto da promoção da democracia. A agência nem sequer tentou esconder que se tratava de um programa de mudança de regime; foi baptizada de “Gabinete de Iniciativas de Transição (OTI)”. Guaidó também funcionava com a ajuda desse escritório.

O governo dos EUA está a reajustar a sua estratégia face à nova paisagem venezuelana. O documento da USAID é um sinal, assim como a participação de alguns presidentes da região da América Latina durante os debates da 77ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas. Influenciados pela sua relação com os Estados Unidos, Jair Bolsonaro (Brasil) e Gabriel Boric (Chile) exploraram a questão da migração venezuelana, enquanto Mario Abdo Benítez (Paraguai) falou em liderar uma investigação sobre alegadas violações dos direitos humanos na Venezuela.

O reforço da manipulação perceptual contra o país, através da migração venezuelana e dos direitos humanos, poderia também servir de desculpa para o governo dos EUA sabotar o diálogo político, o que adiaria as sessões de diálogo entre o governo e a oposição no México. Isto seria útil para mais pancada na economia venezuelana, que está a mostrar sinais prematuros de recuperação. Desta forma, haveria um ambiente mais favorável para produzir um novo consenso e percepção sobre o dossier venezuelano.

Há muitos cenários possíveis nesta reedição da agenda de pressão contra a Venezuela, e a urgência e o desespero são ainda maiores, dado que o país, contra todas as probabilidades, conseguiu responder e sair da guerra não convencional contra ela com distinção.

Extraído de Misión Verdad

O Bukele é claro, os EUA querem ser o seu verdadeiro contrapeso.

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O Presidente das Honduras defende a democracia global e rejeita as posições neoliberais.

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