Conflitos armados marcam a actualidade em África.

#Africa #ViolenciaArmada #ONG #HRW

Béu Pombal

Na semana finda, o panorama político em África voltou a ser manchado por confrontos entre rebeldes e tropas governamentais em vários países, com destaque para República Democrática do Congo (RDC), Nigéria e Moçambique, conflitos que, há largos anos, se afiguram como o principal obstáculo para o bom andamento dos aludidos países.

O Nordeste da Nigéria viveu um dos dias mais sangrentos, na semana passada, registando a morte de 57 habitantes no Estado de Kebbi, assassinados por homens armados, que segundo o Governo nigeriano, foram prontamente rechaçados pelas Forças de Segurança local.

A notícia veiculada no último dia 16 pela Human Rights Watch (HRW), ONG vocacionada para a defesa dos direitos humanos, de que mais de 100 civis foram mortos no Mali, a maioria por execuções sumárias pelo Exército do país e extremistas islâmicos, deixou revoltado, certamente, todos que primam pela coerência e a paz.

Apesar de o Governo de Transição maliano, formado, maioritariamente, por militares, que dirigiram o golpe de Estado, recentemente perpetrado no país, ter anunciado a abertura de uma investigação “credível e imparcial”,  deixa a ver, manifestamente, as suas impressões digitais nestas chacina .

Segundo a HRW 71 dos mais de 100 civis foram mortos pelas Forças Governamentais,  o restante por extremistas. Portanto, se o Governo só agora, após a denúncia da ONG, investiga as causas das  mortes, acaba também por ser prevaricador,  ao contrário dos efectivos do Exército que terão assassinado  não estariam até agora impunes. 

 Na República Democrática do Congo, a região do Kivu do Norte, assolada por confrontos entre vários grupos armados e tropas do Governo, voltou a registar um massacre a civis nos últimos dias. Fontes do Governo local disseram a órgãos de informação que rebeldes das Forças Democráticas Aliadas (ADF), um grupo com ramificação no Uganda, perpetraram ataques em diversas povoações, assassinando adultos e crianças.  

Na Tunísia , que, nos últimos meses, o cenário do país é marcado por protestos de milhares de pessoas nas ruas das principais cidades,  contra as medidas que têm sido adoptadas pelo Presidente Kais Saied,13 organizações não-governamental  pediram  às autoridades do país para abandonar o Projecto de Lei que estabelece restrições à sociedade civil.

A onda de protestos na Tunísia surgiu desde que Kais Saied , em Julho do ano passado, atribuiu-se pleno poderes, incluindo o poder de legislar, nomear e exonerar magistrados.

Sábado, o Governo do Su-dão do Sul foi acusado pelas Nações Unidas de estar a cometer uma série de violações de direitos humanos, equivalentes a “crimes de guerra”. A ONU sustenta na acusação,  que estão identificados 142 elementos do Governo que participam directamente nos massacres contra civis, cujas acções “estão a ser investigadas”.  

O Sudão do Sul, país mais jovem do mundo, desde que  conquistou a  independência em 2011, vive uma instabilidade alarmante, dominada por divergências étnicas e políticas, que descambam sempre conflitos armados.

Em Moçambique, as Forças do Governo abateram, quinta-feira, 10 terroristas na ilha de Matemo, província de Cabo Delgado, onde os insurgentes continuam a tirar o sossego das populações. Segundo o porta-voz da Polícia local,  Ernesto Madungue, os insurgentes  tentaram atacar a localidade de madrugada mas foram repelidos por forças navais e terrestres.A Guiné- Bissau, cuja instabilidade política desde que Umaro Sissoco Embaló foi eleito, em 2020, emperra o crescimento do país, registou, sábado e ontem, mais um incidente, onde o nome do Presidente volta a aparecer como o instigador do conflito.

A África excede 4.000 mortos pelo Covid-19.

 

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças na África (CDC na África) relataram no domingo que mais de 4.060 pessoas morreram no continente como resultado da nova pandemia de coronavírus. Enquanto isso, o número de infecções continua a exceder 141.500 casos.

Segundo o CDC na África, o vírus se espalhou para 54 países do continente, sendo a região norte a mais afetada, com cerca de 42.100 casos. Por seu lado, a África Ocidental registra 34.200 infecções, os 33.200 casos do Sul, 16.800 do Leste e o centro cerca de 15.700 pessoas positivas para o Covid-19.

Por seu lado, a África do Sul continua sendo o país com as pessoas mais infectadas, com 30.967 casos e 643 mortes. Enquanto isso, o país com mais mortes é o Egito, com 913 mortes e 23.449 casos; seguido pela Argélia e Marrocos, com 17.050 casos e 850 mortes entre os dois países.

Outros países como a Nigéria, a mais populosa do continente, confirmaram neste domingo cerca de 9.855 casos e 273 fatalidades. Depois, há Gana, com 7.881 infecções e 36 mortes, e Camarões, com 5.904 casos e 191 mortes pela nova pandemia de coronavírus.

Diante desse cenário, o CDC africano diz que muitos Estados membros da União Africana implementaram medidas de saúde social e pública em larga escala, com o objetivo de reduzir a transmissão e o número de novos casos, “protegendo as populações mais vulneráveis ​​e dando aos países tempo para aumentar os serviços críticos de saúde e diagnóstico “.

No entanto, eles explicam que, embora essas ações tenham gerado “tempo para os Estados membros, os impactos socioeconômicos negativos estão sendo sentidos amplamente, e os países estão agora explorando a melhor forma de reduzir essas medidas ao gerenciar o surto”.

Os escravos vendidos na Líbia foram ?

despojados dos seus órgãos e queimados vivos.

Um ex-ministro da Nigéria revelou a existência de contrabandistas humanos que venderam órgãos dos seus escravos que foram deportados para a Líbia. Continuar a ler “Os escravos vendidos na Líbia foram ?”

Erradicação da pólio está por ser atingida.

 

Crianças são a principal faixa etária a proteger da pólio

Hoje, 24 de Outubro, a Organização Mundial de Saúde junta-se a milhões de pessoas em todo o mundo para comemorar o Dia Mundial contra a Pólio, para galvanizar apoios e pôr fim à poliomielite, uma doença incurável mas completamente prevenível através da vacina e que ainda ameaça crianças em alguns lugares do mundo. Continuar a ler “Erradicação da pólio está por ser atingida.”