“As personagens lamentáveis da contra-cultura”.

#SubversiónContraCuba #ManipulacionMediatica #CubaNoEsMiami #CubaSeRespeta

Por Braulio Frómeta

Nos últimos meses, têm tido lugar eventos que recentemente com a canção “Patria y Vida” fazem parte da ofensiva mediática concebida e financiada pelo governo dos Estados Unidos e seus Serviços de Inteligência, tentando criar uma opinião pública com tal slogan contra a nossa Revolução.

É como quando lhe pedem uma canção para um título ou tema de um romance. As suas letras são de uma tal incultura político-histórica, incluindo a inculturação pessoal dos seus próprios autores, que um tal pedido os torna mercenários desprezíveis.

Embora os tome como base para esta afirmação, não é apenas a destes músicos, mas daquela contra-cultura de diferentes géneros ou manifestações que, de uma forma ou de outra, se curvam perante tais pressões, seja por medo do seu futuro económico-artístico, seja por ignorância, seja por confusão induzida, em suma, por qualquer argumento que sirva de justificação para tal posição.

Esquecem-se que a nossa “Pátria ou Morte”. Nós Venceremos” nasceu e é o slogan da nossa decisão e confronto com o inimigo que os protege, e que o cenário que o provocou não diminuiu de forma alguma.

Nestes dias recordamo-lo para que as novas gerações que tanto se esforçam por confundir, e que não sofreram esse período inicial, sobretudo porque os seus avós e pais o enfrentaram com coragem e decisão, para que pudessem chegar a esta fase, precisamente com aquele nível e cultura de que se vangloria.

Basta seguir o caminho do financiamento desde a aprovação do orçamento contra Cuba, passando pelos directores da USAID e NED, até chegar aos mercenários internos e externos, que demonstrámos em recentes denúncias, para ver esta nova versão da “Operação Mangustoé” (aprovada por Kennedy em 1961) com a modernização de lacaios e traidores que, como tal, emergiram e sempre actuaram nas fases mais críticas da Revolução, hoje convertidos em verdadeiros milionários renegando o investimento que com eles foi feito.

Gostaria de partilhar alguns pensamentos de artistas e intelectuais de renome que, com uma cultura verdadeiramente universal, se pronunciaram para descrever as atitudes dos que estão sujeitos aos verdadeiros opressores.

“Tão fácil seria satisfazer as necessidades da vida para todos, se esta coisa sagrada chamada dinheiro, que é suposto ser inventada para as remediar, não fosse realmente a única coisa que o impede”. Thomas More (1535). teólogo, político, humanista e poeta inglês.

“Quando o poeta Homero cantou a fundação de Tróia e mais tarde a sua guerra se tornou a mais famosa de todas as guerras, será que essas mulheres e esses homens, essas deusas e esses deuses que são tão parecidos connosco, ciumentos, vingativos, traiçoeiros, existiam? Quem sabe se existiram, a única coisa certa é que existem” Eduardo Galeano (1940- 2015) jornalista e escritor uruguaio.

As Revoluções das Cores que varreram do mapa vários países da Europa de Leste e as Repúblicas Soviéticas. As guerras no Médio Oriente tais como a Líbia, Iraque, Paquistão, Afeganistão, Síria. Para não mencionar África, Sudão, Ruanda, Iémen, Congo, Nigéria. Terrorismo, religiões, etnias, transnacionais. Como eram? Como vivem hoje?

“A guerra é o caminho que Deus escolheu para nos ensinar geografia”. Ambrose Bierce, escritor francês de 1914.

E mesmo a Europa: os conflitos de Espanha sem poder chegar ao governo; França, similares, Grécia, Inglaterra, etc. Será isto estranho à política imperialista e à sua cabeça os Estados Unidos, que tanto engrandecem?

Compreende porque é que este desenho imperialista usa, disfarça e transforma este país num instrumento político?

Porque joga com ele? É esta a sua ignorância e ignorância?

“Antes de mais, trata-se de reunir as vias de integração para a configuração da União Sul-Americana e da Pátria Grande da América Latina. Sozinhos, separados, contamos muito pouco e não vamos a lado nenhum. Seria um beco sem saída que nos condenaria como segmentos marginais, empobrecidos e dependentes dos GRANDES PODERES MUNDIAIS”. (Prólogo escrito em 2005 pelo então Arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergolio, 1936, agora Papa Francisco, 2013, ao livro do uruguaio Guzmán Carriquilly “Una apuesta por América Latina”).

Na década de 1970, académicos norte-americanos projectaram diferentes teorias contra as sociedades do Campo Socialista que procuravam elevar o carácter da Subversão Interna com políticas subtis emanadas do estudo de problemas e contradições que se desenvolviam internamente.

Da mesma forma estudaram a actividade económica privada no seio do Socialismo com a participação da CIA e outros Órgãos de Inteligência, dos quais surgiram nomes e tratados como: “Teoria da Desideologização”; “A Construção de Pontes”; “Corrosão de Dentro”; “Convergência”, que começou a introduzir ideias e atitudes com os resultados já hoje conhecidos, disfarçados pelo uso destas personagens cultas.

Para isso, a “receita” é criada pela Académica. Os “chefs” são os Serviços Especiais Americanos, especialmente a CIA, e são cozinhados pelos da cultura, dos meios de comunicação, dos programas, e tudo o que permite mudar ou suavizar o pensamento, especialmente dos jovens, porque são considerados mais susceptíveis.

Hoje, a globalização substituiu o anticomunismo como ideologia dominante: as empresas transnacionais, a invasão das tecnologias de informação, a livre circulação de bens e capitais.

Isto não é alheio ao que está a acontecer com a imigração de povos dos seus países devastados da América Latina para os Estados Unidos; e os da África para a Europa da sua antiga colonização.

O intelectual agudo Eduardo Galeano (idem.) disse-nos: “antes, a Europa despejava soldados, prisioneiros e camponeses famintos no Sul do Mundo. Os protagonistas das aventuras coloniais (como aconteceu nos Estados Unidos de hoje) entraram na história como agentes itinerantes de Deus, Civilização lançada para o resgate da barbárie. Agora a viagem está invertida. Eles são protagonistas de desventuras coloniais. É a barbárie lançada ao assalto da Civilização”.

Hoje existem cerca de setenta (70) muros em todo o mundo. Constituído para reforçar a chamada “Segurança Interna”, e obviamente para parar os fluxos migratórios: México um virtual com a América Central e as Caraíbas; entre Marrocos e o Sahara Ocidental (3000 km.); entre a Hungria e a Sérvia e Croácia; o da Bulgária com a Turquia; entre a Áustria e a Eslovénia; entre a Macedónia e a Grécia. Israel está com a Cisjordânia (712 km) mais Gaza, Síria, Jordânia e Egipto. A extensão da entre os Estados Unidos e o México (3000kms) e entre a Índia e o Bangladesh (2700km.) No entanto, graças às teorias e aos media, especialmente nos Estados Unidos, demonizaram a de Berlim, ignorando a história.

O nosso próprio José Martí, quando esteve em Nova Iorque em 1881, declarou: “Os Estados Unidos são de facto a esperança do mundo, mas será que possuem realmente todos os elementos espirituais necessários para servir de lar seguro para a verdade, a liberdade e a dignidade humana; não será a sua energia prodigiosa excessivamente canalizada para os fins materiais mais grosseiros? E prosseguiu: “este país é, aparentemente, o senhor de todos os povos da terra, e na realidade o escravo de todas as posições humildes que perturbam e pervertem outros povos” (1881) NÃO esqueçamos a sua frase: “Eu vivi no monstro e conheço as suas entranhas”.

Um pouco antes, a 5 de Agosto de 1829, Simón Bolívar tinha dito: “os Estados Unidos parecem destinados pela Providência a atormentar a América com a miséria em nome da Liberdade”.

Agora acontece que as armas da Democracia endireitadas pelos povos nas décadas da ALBA, tornam-se os mecanismos políticos utilizados pelas Oligarquias e Transnacionais norte-americanas e seus lacaios (oligarcas-clero-armies) actuando através das Constituições sobre as nossas inexperiências, insuficiências e erros, muitos criados pelas suas posições de ataque económico e incorporando de forma sofisticada um novo actor que eles também dominam: os meios de comunicação social.

“Os americanos são excelentes vendedores. Conseguiram vender o seu Sistema ao ponto de o fazer acreditar que é a encarnação do futuro, mas, de facto, falta aos Estados Unidos um projecto humano para o futuro”. (El Planeta Americano-1996- por Vicente Verdu (1942) escritor e jornalista, doutorado em Ciências Sociais pela Universidade de Sorbonne, Paris e pela Fundação Nieman da Universidade de Harvard, EUA).

É o evento actual sobre Democracia convocado no seu país impondo uma selecção subordinada sujeita aos seus conceitos e mantendo o assédio principalmente contra Cuba, Venezuela e Nicarágua.

Não esqueçamos a utilização das Cimeiras das Américas, começando pela de Trinidad e Tobago (2009). A partir daí Obama iniciou a sua política de “esquecer o passado” Panamá 2015, bem identificada nas teorias do cientista político americano Francis Fukuyama (1952) no seu livro “The End of History and the Last Man” (1992). Desde essa cimeira, Obama declarou: “o objectivo é recuperar a liderança e a influência dos Estados Unidos na América Latina” (claro que já existem a Rússia, a China e os BRICS, cujas políticas mais humanas visam o desenvolvimento destes povos).

Nenhum dos esquemas de controlo e repressão foi desactivado ao abrigo da Teoria de Segurança Nacional, que muitos parecem ignorar.

Já no documento “Santa Fé I, Uma Nova Política dos EUA para os anos 80” se afirma: “o alvo da guerra é a mente da humanidade. A ideopolítica deve prevalecer”.

Anos mais tarde, em Santa Fé II, 1990, afirmam: “A USAID é a nossa agência para levar a cabo a guerra actual”. Para manter estas declarações actualizadas, temos as do cientista político americano Gene Sharp na sua teoria do “golpe suave”. “A natureza da guerra no século XXI mudou, nós americanos lutamos com armas psicológicas, sociais, económicas e políticas”.

Se voltarmos às personagens iniciais, sugiro que procurem e identifiquem em que Programa estão a actuar porque os Estados Unidos e o seu aparelho de Inteligência, como a USAID, NED e CIA, estão a actuar:

O activismo face às tarefas sociais e políticas

A criação de contra-valores

Atacar objectivos colectivos

Desactivação da participação

Agir sobre as desigualdades

O funcionamento das Organizações de Massas

A desmistificação da gestão

Criam um estado de opinião e opinião pública, procurando apropriar-se de conhecimentos e informações para o indivíduo, que consideram objectivos e que têm frequentemente um conteúdo moral. Tentam exercer as seguintes funções na sociedade: educação, orientação, controlo social, e um mecanismo de regulação do comportamento e do funcionamento da vida quotidiana.

Tudo para fabricar o indivíduo de que necessitam para se imporem.

Fidel disse-nos a 17 de Novembro de 2010 na Universidade de Havana:

“as campanhas dos meios de comunicação de massas são para tomar conta das mentes, não só mentiras, mentiras afectam o conhecimento, mas o reflexo condicionado das mentes afecta a capacidade de pensar. Estar mal informado não é o mesmo que perder a capacidade de pensar.

É por isso que, de acordo com a categoria com que se identificam silenciosamente, sabemos que o seu pensamento egoísta é resumido como “o que é meu não é o mesmo que o que é nosso”.

A diferença para nós, o povo, é que “o que é nosso” é “o que é meu” que partilhamos com o pensamento marciano-fidelista de que a Pátria é Humanidade e desfrutamos deste “que é nosso”, partilhando os nossos médicos, professores, cientistas, construtores, desportistas, profissionais de todos os tipos, e porque não, combatentes, se necessário, para impedir que este “que é meu” continue a crescer.

Ratifico: “PATRIOTE OU MORTE. NÓS VENCEMOS

Autor: tudoparaminhacuba

Adiamos nossas vozes hoje e sempre por Cuba. Faz da tua vida sino que toque o sulco, que floresça e frutifique a árvore luminoso da ideia. Levanta a tua voz sobre a voz sem nome dos outros, e faz com que se veja junto ao poeta o homem. Encha todo o teu espírito de lume, procura o empenamento da cume, e se o apoio rugoso do teu bastão, embate algum obstáculo ao teu desejo, ¡ ABANA A ASA DO ATREVIMENTO, PERANTE O ATREVIMENTO DO OBSTÁCULO ! (Palavras Fundamentais, Nicolás Guillen)

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