O general e deputado angolano António dos Santos França “Ndalu” foi homenageado, nesta quinta-feira, pelo governo de Cuba pela participação “gloriosa”, na delegação cubana aos X jogos pan-americanos realizados de 11 a 25 de Julho de 1966, em San Juan, Porto Rico.
Ndalu recebeu da embaixadora de Cuba acreditada em Angola, Gisela Garcia Rivera, uma medalha e um “selo comemorativo pelo 50º aniversário da epopeia do Cerro Pelado”, uma alusão ao barco em que viajou a delegação cubana, obrigada a atracar em alto mar por força das sanções e do bloqueio económico imposto pelos Estados Unidos de América em 1962.
Como bolseiro e aproveitando as suas habilidades, o general António do Santos França “Ndalu” jogou futebol pela selecção cubana aos jogos pan-americanos de 1966, em Porto Rico. Ante a ameaça de se confiscar as aeronaves cubanas, a delegação cubana teve de atracar em alto mar e as barcaças indicadas para a transportar para hotéis e recintos de competição tinham sido dadas como avariadas, de modo que, só um número ínfimo, dos cerca de 300 desportivas, pode participar da cerimónia de abertura.
Obrigados a permanecer no barco, os atletas tinham que fazer exercício nas embarcações, para manter a forma física. O deputado conta que, apesar destas vicissitudes, a delegação cubana obteve bons resultando nas competições, contrariando a campanha difamatória americana que indicava “dificuldades financeira” do Estado cubano para manter os seus funcionários.
Ndalu Lembraa já havia jogado por Cuba nos jogos pan-americanos do Canadá, bem como em outra competição na Hungria, sem indicar datas.
Para a embaixadora Gisela Rivera esse foi um acto simbólico, mas de grande importância, por ter podido demonstrar que com espírito de luta, com valores e unidade os povos do mundo podem ter melhores resultados.
A diplomata lembrou também a participação do general nas tarefas em prol do desenvolvimento e da consolidação económica de Angola, referindo que juntos os dois povos são mais fortes.
O secretário-geral da Associação de Amizade Angola/Cuba, Fernando Jaime, afirmou que a homenagem ao general Ndalu prova que os dois países desenvolvem uma cooperação a bem dos seus povos.