Arreaza: EUA critica a CNE da Venezuela, mas limita o voto da minoria.

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, rejeitou as declarações intervencionistas do governo dos Estados Unidos (EUA) nos assuntos internos do país sul-americano, desta vez relacionadas à nomeação do novo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

Arreaza sostuvo en respuesta a Mike Pompeo: "La plutocracia podrida de EE.UU. restringe el voto afro y latino..."

Pompeo questionou a nomeação pela Câmara Constitucional do Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) dos novos reitores da CNE e tentou desqualificar uma decisão legítima e soberana.

“A podridão da plutocracia dos Estados Unidos restringe o voto afro e latino, mas há a possibilidade de questionar o novo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela para tentar fugir da vontade de nosso povo”, disse o chefe da diplomacia americana.

“Eles preferem um sistema eleitoral que apóie seus golpes de Estado, como na Bolívia”, disse Arreaza no Twitter.

O ministro das Relações Exteriores compartilhou na rede social as recentes declarações do Secretário de Estado Pompeo, que desqualifica o TSJ e se refere à designação da nova CNE como “primeiros passos para manipular as próximas eleições”.

A Câmara Constitucional do TSJ declarou a omissão constitucional da Assembléia Nacional, que está em desdém desde 2016, na nomeação dos membros da CNE.

Por meio de uma sentença, a instância se declarou competente para ouvir e resolver a demanda.

O processo da AN por omissão legislativa foi apresentado pelos líderes dos partidos da oposição Solutions for Venezuela, Let’s Change, Movement To Socialism (MAS), Advanced Progressive, Comitê de Organização Política Eleitoral Independente (Copei) e Hope for Change.

As organizações mencionadas solicitaram esse recurso após a assembléia ter tentado finalizar a nomeação das novas autoridades da CNE há um ano, mas isso não foi possível porque são necessários dois terços da legislatura.

Com a nomeação da nova CNE, o Estado aspira a continuar avançando na renovação de seu calendário eleitoral, o mais rapidamente possível para cumprir as eleições da AN previstas para este ano de 2020.