João Lourenço anuncia requalificação das cidades de Benguela.

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Jornal de Angola

O líder do MPLA, João Lourenço, prometeu, esta quinta-feira, a requalificação das infra-estruturas integradas das cidades do Lobito, Benguela, Catumbela e Baía Farta.

Presidente do MPLA, João Lourenço © Fotografia por: Contreiras Pipas | EDIÇÕES NOVEMBRO

“Por essa razão, encontramos uma linha de financiamento de 479 milhões de euros que já está à disposição do governo da província para intervir nas infra-estruturas integradas destas quatro cidades”, anunciou o candidato do MPLA a Presidente da República, quando discursava no acto político de massas, no quadro da campanha eleitoral para as Eleições Gerais de 24 de Agosto.

Ao dirigir-se aos militantes, amigos e simpatizantes do partido, o presidente do MPLA destacou, também, a requalificação dos bairros periféricos do Lobito, Benguela e Catumbela, bem como da Marginal da Praia Morena.

João Lourenço informou, também, que estão em curso as obras de asfaltagem das ruas do Cubal, da Ganda e do Balombo, entre outros projectos ligados aos sectores da Energia e Águas, que vão beneficiar as populações.

Angola no Fórum de Cooperação China-África.

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Jornal de Angola

O ministro das Relações Exteriores, Téte António, participou, esta quinta-feira, em Luanda, na Reunião de Coordenadores do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC).

Ministro das Relações Exteriores, Téte António © Fotografia por: CEDIDA | MIREX

O evento teve como objectivo principal analisar as implementações das Acções de Acompanhamento da 8ª Conferência Ministerial do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC).

A referida reunião, que decorreu em formato virtual, foi uma iniciativa conjunta do conselheiro de Estado e Ministro dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China, Wang Yi e da ministra dos Negócios Estrangeiros e dos Senegaleses no Exterior, Aissata Tall Sall, co-presidentes do Fórum de Cooperação China-África.

O Fórum de Cooperação China-África é uma plataforma para o diálogo colectivo e um mecanismo eficaz para a cooperação pragmática entre China-África e tornou-se um paradigma da cooperação no desenvolvimento internacional e um modelo de cooperação Sul-Sul.

Angola e Barbados estabelecem relações diplomáticas.

#Angola #Barbados #EstadosUnidos #ONU #RelacionesDiplomáticas

Jornal de Angola

Angola e Barbados estabeleceram, quarta-feira, relações diplomáticas, com a assinatura do instrumento jurídico, em Nova Iorque, Estados Unidos da América. A cerimónia decorreu nas instalações da Missão Permanente de Barbados.

Embaixadores de Angola e de Barbdos junto das Nações Unidas assinaram o acordo © Fotografia por: Cedida

Foram signatários do acordo a representante permanente de Angola junto da Organização das Nações Unidas, sediada em Nova Iorque, a embaixadora Maria de Jesus Ferreira, e o homólogo de Barbados, François Jackman, em representação dos respectivos governos.

Maria Ferreira, citada num comunicado da Missão Permanente de Angola junto da ONU, afirmou que o acto representa o compromisso dos dois Governos de  trabalharem para o desenvolvimento das relações de amizade e de cooperação.

Enalteceu a decisão do Governo de Barbados ao isentar vistos de entrada naquele país caribenho em todos os passaportes angolanos, facto ocorrido a 28 de Julho deste ano.

Enquanto isso, o embaixador François Jackman manifestou-se satisfeito com o “importante passo” no estabelecimento das relações diplomáticas, que “marcam o início de uma cooperação mutuamente vantajosa”.

Por uma integração continental que respeite a diversidade

Por Melisa Molina

A reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos foi realizada no Centro Cultural Kirchner. Estiveram presentes ex-presidentes como José Luis Rodríguez Zapatero, da Espanha; Vinicio Cerezo da Guatemala e o colombiano Ernesto Samper.

O presidente Alberto Fernández conduziu um encontro com presidentes, ex-presidentes e lideranças da região no Centro Cultural Kirchner, onde refletiram sobre o futuro da integração da América Latina e do Caribe e discutiram uma maior institucionalização da CELAC, entidade cuja presidência pro tempore ocupa a Argentina. “Temos que fazer da CELAC um lugar que nos permita tomar decisões que todos os países devem cumprir. É algo que ainda não conquistamos e ao mesmo tempo é uma grande oportunidade e um desafio que temos”, disse. o presidente destacou no painel final do seminário intitulado “O futuro da integração: unidade na diversidade”. Além disso, Fernández destacou que “temos que trabalhar para que os bloqueios terminem neste continente”, referindo-se à situação em Cuba e na Venezuela.

Houve uma prévia da reunião da Celac ao meio-dia, quando o presidente almoçou na Casa Rosada com os ex-presidentes José Luis Rodríguez Zapatero, da Espanha; o uruguaio José “Pepe” Mujica; Vinicio Cerezo, da Guatemala; e o colombiano Ernesto Samper, ali, segundo apurou este jornal, partilharam a ideia de dar mais institucionalização à Celac. Todos eles, exceto Mujica, que teve que retornar ao Uruguai e decidiu deixar um vídeo gravado, também fizeram parte da mesa junto com Fernández, a quem se juntou o chanceler, Santiago Cafiero.

Mujica destacou em seu discurso virtual que os líderes da região têm que conseguir “que o povo entenda que seu salário e bem-estar dependem muito de nós não continuarmos espalhados como uma folha ao vento”. Nessa linha, acrescentou que “devemos nos comprometer pelo bem das gerações futuras. Em um mundo que se organiza em unidades gigantescas, temos que fazer o mesmo e estar juntos”. Outro vídeo foi o do presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, onde destacou que a CELAC deve funcionar de maneira semelhante à União Européia. “É importante, para competir com outras regiões do mundo que, assim como a União Européia surgiu e se consolidou, façamos algo semelhante nas Américas”, ressaltou.

Fernández, por sua vez, afirmou que “é um momento muito infeliz, mas o mundo vai precisar de energia renovável e alimentos. Brasil e Argentina produzem 70% dos cereais que podem vir da região. Temos que dar tecnologia para outros países para que também possam ser produtores”. “Também temos 60% de lítio, temos gás, energia eólica, hidrogênio verde e energia solar. O que temos que parar de fazer é exportar matéria-prima e industrializá-la”, refletiu. Por fim, o presidente sublinhou que “outra vantagem que temos é que este é um território de paz. continente.

Finalmente, Fernández destacou que “devemos aproveitar a paz e a unidade para alcançar a justiça social. Fazer isso é nossa decisão política, não dependemos de ninguém”. Nesse sentido, destacou a chegada ao Chile do presidente Gabriel Boric, a presença de Luis Arce na Bolívia, Gustavo Petro na Colômbia, AMLO no México e Xiomara Castro em Honduras. Menção especial foi dada a Luiz Inácio “Lula” da Silva, cuja candidatura contou com o apoio de todos os palestrantes e que não pôde participar por estar envolvido na campanha eleitoral.

Fernández aproveitará esta reunião para avançar em algumas modificações que considera necessárias para a CELAC e, como reconhecem seus colaboradores, têm maior peso político. Uma das ideias é poder conceder à presidência pro tempore uma maior extensão de tempo e modificar o mecanismo decisório. Claro que no Itamaraty explicam que a ideia “não é se parecer com a OEA”, mas querem que a Celac tenha peso semelhante e, por exemplo, possa ter uma sede, orçamento próprio, entre outras coisas. “Sentimos que a OEA não nos representa mais e que o BID não é mais o banco da América Latina, felizmente existe o Banco de Desenvolvimento da América Latina”, na época o novo nome do que era conhecido como Corporação Andina de Desenvolvimento (CAF).

A próxima parada importante para definir o futuro da CELAC será em outubro. No dia 26 haverá uma reunião de todos os chanceleres dos países membros e no dia 27 dos chanceleres da CELAC e da União Européia. Esses dois eventos acontecerão em Buenos Aires. No dia 26, a ideia da Argentina é discutir o modo decisório que existe atualmente na entidade. Hoje tudo é definido por maioria absoluta e do governo eles querem que isso seja modificado para que seja mais fácil tomar decisões.

Pagina/12

Grupo de solidariedade no Reino Unido denuncia roubo de fundos para doação a Cuba

Nuria Barbosa León – Granma.- Os cubanos do Reino Unido denunciaram nas redes sociais o furto de uma quantia arrecadada para financiar uma doação a Cuba, a fim de ajudar a reparar os danos causados ​​pelo incêndio na Base dos Superpetroleiros de Matanzas.

A organização de solidariedade britânica Cubans in the UK denunciou nas redes sociais o roubo de um valor financeiro arrecadado para financiar uma doação a Cuba, a fim de ajudar a reparar os danos causados ​​pelo incêndio na Base de Superpetroleiros de Matanzas.

Eles culpam o criminoso bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos contra o povo cubano por esse tipo de ação. “Quando pensamos ter encontrado uma brecha nas sanções, enviando ajuda humanitária a Cuba, a plataforma de gerenciamento de pagamentos Stripe bloqueou nossa conta depois de confirmar que poderíamos usar seu serviço e quando coletamos quase mil euros online”, diz o text, lançado em vários idiomas por Daniesky Acosta.

Acrescenta que, para ocultar o motivo dessa decisão e evitar qualquer disputa legal, os diretores do gateway de pagamentos Stripe argumentaram um conjunto de justificativas como: “crimes financeiros, lavagem de dinheiro, alto risco, terrorismo, etc”.

Na teleconferência, transmitida pelo site Cubans.org.uk, ele garantiu que os recursos serão usados ​​para adquirir soluções de perfusão, antibióticos, analgésicos e material para curativos, algo que falta em Cuba devido às proibições do bloqueio que imposto há seis décadas, imposto na ilha caribenha.

Anteriormente, essa organização de solidariedade que reúne cubanos que vivem no Reino Unido denunciou que outras plataformas virtuais (GoFundMe, JustGiven e Crowfunder UK) também os impediam de arrecadar fundos para as vítimas do incêndio em Matanzas.

Insistem em acusar os bancos britânicos e outras instituições financeiras de aderirem ao bloqueio norte-americano à ilha caribenha, apesar de uma lei aprovada por Londres em 1980 tornar ilegal que empresas britânicas obedeçam a essa legislação extraterritorial.

Ressurgimento da esquerda na América Latina: a necessária mudança de época

Claudia Fonseca Sosa – Cubadebate.- Desde 2018, líderes situados à esquerda do espectro político chegaram à presidência de países como México, Argentina, Bolívia, Peru, Honduras, Chile e Colômbia.

Há expectativas sobre o quanto as eleições de outubro no Brasil podem mudar o contexto regional, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem ampla vantagem nas pesquisas de intenção de voto contra Jair Bolsonaro.

Uma vitória de Lula deixaria as sete nações mais populosas da América Latina e suas seis maiores economias nas mãos da esquerda, diz a imprensa ocidental.

Muitos analistas consideram que esta é uma situação nova em que a esquerda na América Latina parece ressurgir. Qual o motivo dessa geração de governos de esquerda na região? Por que esse ressurgimento da política latino-americana?

Sobre o assunto, Cubadebate conversou com a especialista e coordenadora para América Latina e Caribe do Centro de Pesquisas Políticas Internacionais (CIPI), Claudia Marín Suárez.

Como você avalia o contexto latino-americano e caribenho?

—Estamos diante de um momento diferente, em que se reuniu um grupo de governos que representam setores de um espectro político bastante amplo que transitam entre o centro, a centro-esquerda e a esquerda, mas que, mesmo em alguns casos, precisaram articular com setores moderados de direita para chegar ao governo.

“Eles têm em comum a intenção de promover mudanças nas políticas dos governos de direita que dominaram o cenário político regional em anos anteriores, mas há uma grande diversidade de posições dentro deles.

“Dito isso, acredito que a mudança no mapa político da região não é um fato menor para os países onde ocorreram ou para a região como um todo.

“Em nível nacional, na maioria dos casos, reivindica direitos que foram violados pelos governos neoliberais, mesmo quando nem todos têm a capacidade de restabelecer plenamente esses direitos em termos das garantias que o Estado pode oferecer para o acesso aos serviços. condições.

“Em países como a Colômbia, o simples fato de um representante de setores que não vêm da direita conservadora conseguir chegar ao governo é em si uma mudança transcendental, mesmo quando não se espera que o novo governo assuma, pelo menos em princípio, radicais políticos.

“Uma possível vitória de Lula nas eleições presidenciais no Brasil, com os limites previsíveis que sua gestão possa ter, significaria uma mudança significativa pelo peso e importância que o Brasil tem na correlação de forças em nível regional.

“No nível regional, este novo momento pode obviamente gerar um melhor ambiente de cooperação, diálogo e gestão civilizada das diferenças políticas, sem implicar que elas desapareçam.

“Esperamos que o novo contexto político possa ser usado para gerar sinergias e espaços de autonomia regional, que ajudem a fortalecer as capacidades endógenas de desenvolvimento e, sobretudo, a gerir a relação assimétrica com os parceiros estratégicos da região. Esse seria um cenário desejável.”

Quais são os principais desafios enfrentados atualmente pelos países da região?

—Os desafios são diversos e em várias dimensões.

“Na esfera política, um dos desafios mais importantes para os novos governos será realizar seus programas administrando a diversidade de posições políticas e, portanto, os limites impostos pelas alianças concertadas e, em muitos casos, a pressão dos poderes legislativo e judiciário que não os acompanham.

“A isso deve ser adicionado o desgaste e os limites derivados da situação econômica, especialmente as pressões inflacionárias e as desigualdades, que existiam anteriormente, mas se aprofundaram com a pandemia e o conflito na Ucrânia.

“Não será fácil recuperar espaços de autonomia com níveis de endividamento muito elevados e com vínculos de segurança pré-estabelecidos; ambos os fatores são usados ​​como elementos de pressão política pelos Estados Unidos e seus aliados, especialmente para frear as relações com seus rivais estratégicos”.

Nesse cenário, como estão os processos de integração regional?

—A integração regional vive um momento difícil, que se tem vindo a manifestar desde anos anteriores, atendendo, a meu ver, a várias razões: a polarização política da fase anterior que deverá tender a ser relativizada neste novo contexto; a incapacidade dos esquemas de integração para atingir os objetivos propostos e gerar sinergias produtivas que promovam relações de interdependência; e um maior interesse -refletido nas estratégias de inserção internacional dos países- na relação com os mercados globais do que com os de seus vizinhos.

“No entanto, o novo cenário apresenta condições mais favoráveis, não sem enfrentar fortes resistências internas e externas, para gerar certas sinergias regionais de autonomia.

“As recentes aproximações entre países com importantes reservas de lítio como México, Chile, Argentina e Bolívia podem ser um passo inicial relevante nessa direção.

“Na minha opinião, as maiores potencialidades encontram-se no campo da cooperação e do diálogo político regional. A reativação da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) tanto no campo do diálogo político quanto na cooperação em temas setoriais de interesse dos países da América Latina e do Caribe é um bom sinal que deve ser fortalecido. Nesse sentido, é justo destacar o papel da Presidência Pro-Tempore do México, e agora da Argentina.

“Os recentes sinais de uma reativação incipiente da cooperação energética no âmbito da PetroCaribe também são uma boa notícia, especialmente devido à urgência dos países do Caribe em acessar fontes de energia em condições financeiras mais favoráveis ​​do que aquelas impostas pelo mercado e instituições financeiras internacionais” .

Como você descreveria hoje as relações dos países da América Latina e do Caribe com os EUA?

—A América Latina e o Caribe, como outras regiões do mundo, é palco da disputa pelo poder global.

“Os Estados Unidos continuam sendo um dos parceiros mais relevantes para a região, mas a diferença nesse contexto de rivalidade estratégica é que outros players globais disputam seu domínio absoluto como parceiro estratégico e sua capacidade de potência hegemônica.

“Não é do interesse dos governos da região exacerbar as tensões com os Estados Unidos, mas também não parecem dispostos a abrir mão da cooperação com outros parceiros como a China, que se posicionaram como contrapartes de peso em comércio, investimento e cooperação.

“Até agora, os governos latino-americanos e caribenhos administravam suas relações externas na perspectiva do não alinhamento ativo, tentando não se envolver em um jogo de soma zero, apesar das pressões, explícitas e veladas, para tomar partido de um. outro lado.

“Esse comportamento tem sido típico não só dos chamados governos progressistas, mas também dos governos de direita da região; como é o caso do Brasil, Chile, Equador, El Salvador e até Colômbia para alguns projetos.

“A esfera diplomática, o acesso a recursos e infraestrutura crítica com implicações para o controle territorial e a implantação de capacidades tecnológicas -especialmente em relação às redes 5G- parecem ser as áreas em que essa disputa é mais evidente.

“De qualquer forma, a posição dos países da região dependerá dos recursos disponíveis que os atores globais conseguirem mobilizar para projetos na região e da capacidade dos países de superar a pressão em áreas tão sensíveis como segurança e dívida”.
EUA, América Latina e a ameaça de sua “hegemonia”

Analistas também apontam que diante desse novo ressurgimento da esquerda na América Latina e dos laços cada vez mais fortes dos países da região com China e Rússia, os Estados Unidos veem sua posição hegemônica mundial ameaçada. Muito mais depois da celebração de uma Cúpula das Américas na qual Washington recebeu apenas reclamações de seus vizinhos. Algo que, anos atrás, era impensável na região.

A esse respeito, comenta ao Cubadebate Elio Emilio Perera Pena, pesquisador do CIPI e mestre em História Contemporânea e Relações Internacionais.

Você acha que os Estados Unidos veem sua posição hegemônica mundial ameaçada? Você age de acordo?

— Os Estados Unidos vêem ameaçada sua posição hegemônica em nível mundial, e por isso tem tentado frear, e com força, o avanço econômico e comercial no continente, por parte da Rússia e da China.

“Desde a Cúpula da Democracia, em dezembro de 2021, até a recém-concluída IX Cúpula das Américas, os Estados Unidos tentaram, sem sucesso, afirmar sua hegemonia. Eles se sentem fortemente ameaçados de sua posição globalmente.

“Mais recentemente, entre 25 e 28 de julho de 2022, foi realizada no Brasil a XV Reunião de Ministros da Defesa das Américas. Nesse conclave, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, acusou a Rússia e a China de querer monopolizar as relações econômicas, comerciais e políticas com a América Latina e o Caribe, o que trouxe uma resposta de repúdio por parte, fundamentalmente, da Argentina, Brasil e México.

“Como aconteceu na última Cúpula das Américas, nesta reunião de ministros da Defesa, os interesses latino-americanos se afastaram de algumas das posições oficiais dos EUA e das posições ideológicas assumidas pela Junta Interamericana de Defesa.

“Argentina, Brasil e México afirmaram na mencionada reunião no Brasil que a Organização das Nações Unidas é o único foro adequado para buscar soluções para o conflito entre Moscou e Kyiv – tema levantado por Washington – e que, portanto, no que se refere ao regime militar especial operação desencadeada pela Rússia, não correspondeu em sua análise às cúpulas de ministros da defesa das Américas.

“O Brasil, entre as dez economias mais fortes do mundo, faz parte da Aliança BRICS, que garante à nação carioca uma melhor posição geopolítica na ordem internacional.

“A Argentina conta com o apoio chinês para ingressar no BRICS e aprofunda sua Associação Estratégica Integral com a nação asiática, enquanto com a Rússia há um compromisso entre os dois governos de fortalecer o comércio.

“Com a posição brasileira de não aceitar críticas à Rússia, Brasil e Argentina também protegem os acordos firmados com Moscou na ordem econômica e/ou militar.

“A China é atualmente o segundo parceiro comercial e o segundo destino das exportações argentinas, enquanto com a Rússia a nação sul-americana intensificou seus laços econômicos em 2021 (mais de 651 milhões de dólares), entre outras linhas importantes, na aquisição e produção de vacinas anticovid , oferecendo a ambos os países euro-asiáticos seu apoio à causa argentina das Malvinas, à conservação de seus recursos marinhos e aos espaços antárticos”.

MPLA condena planos subversivos contra Angola (+Photo)

Luanda, 18 Ago (Prensa Latina) O presidente do MPLA, João Lourenço, condenou hoje a posição dos opositores políticos que tentam fomentar a desconfiança nas instituições do Estado angolano, a desordem e a instabilidade social.

Embora tenha omitido nomes de pessoas ou entidades, o líder do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) apontou entre os responsáveis ​​o líder de um dos partidos concorrentes no atual processo eleitoral, cuja conduta, afirmou, é ” em todos os sentidos repreensíveis”.

Segundo sua opinião, procuram usar o povo com o propósito de defender os interesses não declarados de determinado partido político; daí as acusações, sem qualquer fundamento, de minar a credibilidade da Comissão Nacional Eleitoral e do Tribunal Constitucional, dois órgãos fundamentais na organização e fiscalização das eleições.

“Esses políticos não são patriotas; transmitem à comunidade internacional a ideia errada de que as instituições do Estado angolano não são credíveis”, estimou Lourenço num acto de apoio eleitoral massivo ao MPLA na província ocidental de Benguela.

A vontade dos angolanos, ponderou, não pode ser influenciada de fora, nem pelos meios de comunicação, nem pelos recursos que são injectados nos adversários no país.

Na opinião do também chefe de Estado e de Governo, a verdadeira sociedade civil organizada e as Igrejas mantêm uma posição patriótica, pois defendem eleições livres e justas, e trabalham para que se realizem de forma ordenada e pacífica.

No próximo domingo, exemplificou, vão celebrar cultos ecuménicos em vários locais do território nacional para rezar pelo sucesso das votações do dia 24 de agosto.

Oito concorrentes estão envolvidos no processo, sete dos quais lutam pela primeira vitória e um, o MPLA, pela continuidade, porque somos poder, com um trabalho para apresentar e demonstrar que não foi pequeno, mas de “grande dimensão em praticamente todos os domínios”, disse ele.

Apesar de quase metade do atual mandato ter sido amputado devido à pandemia de Covid-19, o executivo continuou os seus esforços para melhorar os serviços de saúde, educação, energia e água, a manutenção e construção de autoestradas e o desenvolvimento de novas capacidades habitacionais, ilustrou o presidente .

No seu discurso de cerca de uma hora, descreveu também os principais avanços socioeconómicos em Benguela, bem como os planos do MPLA para os próximos cinco anos, à semelhança dos eventos de campanha eleitoral nas outras províncias.

Mais de 14 milhões 399 mil cidadãos estão habilitados a votar no dia 24 para escolher o presidente e vice-presidente da República e os 220 deputados à Assembleia Nacional (congresso unicameral)

Nas eleições gerais de 1992, 2008, 2012 e 2017, o MPLA venceu por larga maioria, segundo dados oficiais.

mgt/mjm

Revista colombiana revela espionagem a Cuba

Bogotá, 18 de agosto (Prensa Latina) Uma investigação da revista Raya revela espionagem contra Cuba por parte de agências de inteligência militar colombianas de um governo anterior e com interesses de agentes dos Estados Unidos.

Sob o título Espionagem Internacional: Objetivo Cuba, a publicação anunciou que teve acesso a milhares de documentos classificados de agências de inteligência militar colombianas, onde fica claro como espionaram diplomatas e funcionários cubanos, líderes políticos de esquerda, jornalistas e líderes sociais.

Em declarações à Prensa Latina, seu diretor Edison Bolaño explicou hoje que como jornalista sempre se interessou pelas questões geopolíticas da Colômbia e a tensão nos últimos quatro anos entre esta nação sul-americana e Cuba lhe gerou muita curiosidade.

“Comecei a perguntar e obviamente, através de fontes confidenciais, depois de falar muitas vezes consegui acessar mais de mil arquivos que refletem todo um aparato de espionagem contra Cuba e seu corpo diplomático baseado na Colômbia”, disse.

Segundo a revista, a informação foi adulterada no computador de um líder guerrilheiro para culpar Cuba pelo violento protesto na Colômbia no final de 2019, 2020 e 2021.

A investigação indica que o objetivo “Charlie” foi o nome dado à operação de espionagem contra o governo cubano, incluindo seu corpo diplomático na Colômbia, desenvolvida principalmente durante o governo de Iván Duque (2018-2022).

Detalha que pouco a pouco espiões colombianos, sem ordem judicial, desenvolveram vigilância e monitoramento de diplomatas cubanos infiltrados em reuniões políticas e comemorações da Revolução Cubana.

Essa espionagem foi realizada pela agência de inteligência militar em conjunto com a Direção Nacional de Inteligência, uma dependência da Presidência da República da Colômbia, destaca.

Em alguns casos, eles usaram equipamentos sofisticados para violar comunicações privadas de funcionários diplomáticos, sublinha a investigação.

Ele adverte que há documentos em inglês sob o nome “Secret/Rel To Usa, Colombia” que “vem de agentes de inteligência dos EUA”.

Nesses relatórios fica claro -diz RAYA- que os agentes dos Estados Unidos também estavam muito interessados ​​em obter informações sobre os diplomatas cubanos na Colômbia.

“Agradecemos qualquer informação adicional que seu serviço possa fornecer e estamos prontos para realizar investigações adicionais”, diz uma reportagem em inglês exibida pela revista dirigida por Edison Bolaño.

A verdade é que os agentes colombianos não obtiveram provas para demonstrar que Cuba estava doutrinando, nem por trás dos protestos sociais, nem que realizava operações de espionagem.

“Os documentos completos aos quais a revista RAYA teve acesso, e especialmente o já mencionado documento ‘Estratégia de Desestabilização’, mostram que se tratava de um plano de agências de inteligência do Estado contra o protesto social em que ligavam a esquerda colombiana e o país anfitrião e garantidor da os processos de paz com as FARC-EP e o ELN”, destaca.

Ressalta que “isso foi afirmado no parágrafo de instruções em que uma ordem perigosa é explícita: “destaque a relação da Embaixada de Cuba com membros do ELN e estabeleça uma matriz de opinião indicando que as manifestações violentas foram coordenadas e desenvolvidas pelas casas de solidariedade com Cuba e a ALBA”.

Em um dos documentos, os agentes de inteligência chegaram a confessar o crime de plantar arquivos “nos computadores do ‘terrorista’ Andrés Vanegas Londoño, vulgo “Uriel”.

Por fim, RAYA lembrou que “em 11 de janeiro de 2021, antes de deixar a Casa Branca, o ex-presidente Donald Trump, usando a velha política do inimigo interno e as ‘evidências’ que a Colômbia havia fornecido, voltou a declarar Cuba um dos países no mundo que patrocina o terrorismo.

perna/otf

Comunidade angolana na Namíbia sensibilizada para as Eleições Gerais.

#Angola #Política #EleccionesPresidenciales

Jornal de Angola

A comunidade angolana na Namíbia está a ser sensibilizada desde 12 deste mês para participar das Eleições Gerais, previstas para 24 de Agosto, numa acção liderada pela embaixadora extraordinária e plenipotenciária naquele país vizinho, Jovelina Imperial.

Embaixadora Jovelina Imperial trabalha junto da comunidade angolana na Namíbia © Fotografia por: CEDIDA

De acordo com um comunicado da Embaixada de Angola na Namíbia, a diplomata tem percorrido algumas localidades ao encontro de compatriotas. A região de Oshana (localizada na cidade de Oshakati), a Norte da Namíbia, é um dos postos de votação com pouco mais de 300 eleitores e foi a primeira etapa do trabalho de sensibilização, que já levou Jovelina Imperial ao Rundu, em Okavango East, e Katima Mulilo (Zambezi).

Há seis dias das Eleições Gerais em Angola e que vão decorrer pela primeira vez, também, na diáspora, a Missão Diplomática contará, para o efeito, com três postos de votação, nomeadamente, Windhoek, Oshakati e Rundu.

Durante o encontro, em separado, com os governadores de Oshana, Elia Kaulifewangali, de Okavango East, Bonifatius Wakudmo, da região de Zambezi, Lowrence Simpofu, a embaixadora Jovelina Imperial recebeu apoio do Estado nestas localidades para que as Eleições Gerais no exterior decorram com a maior segurança em território namibiano.

Os governantes namibianos destacaram os laços de amizade com Angola e, de igual modo, consideram importante que o pleito da próxima quarta-feira, 24 de Agosto, aconteça em clima de paz, pois “a estabilidade de Angola garante, igualmente, harmonia na África Austral”.

Na conversa com a comunidade, Jovelina Imperial apelou à participação massiva de todos os angolanos que se registaram para este pleito de 2022, adiantando que estão criadas as condições para a realização deste dever cívico na Namíbia.

A embaixadora vai continuar a apelar à participação de todos os cidadãos eleitores residentes na Namíbia e sexta-feira deslocar-se-á às cidades de Otjiwarongo, Swakopmund e Walvisbay. Faz-se acompanhar de uma delegação de altos funcionários da Missão Diplomática com o objectivo de sensibilizar e auscultar as preocupações da comunidade nas zonas de votação.O Consulado Geral de Oshakati controla, aproximadamente, 30 mil angolanos e vai contar com uma assembleia e uma mesa de voto. Rundu possui pouco mais de 20 mil angolanos e Windhoek perto de 25 mil. Mais de dois mil angolanos residentes na Namíbia efectuaram o registo eleitoral, dos quais 1048 em Windhoek, 840 no Rundu e 300 em Oshakati.