Jorge Luis Vargas, diretor da Polícia colombiana, anunciou nesta quinta-feira que um dos ex-militares colombianos envolvidos no assassinato do presidente do Haiti, Jovenel Moïse, recebeu dos Estados Unidos a quantia de 50 mil dólares para planejar a operação.
Germán Rivera García é o nome do ex-capitão colombiano detido no Haiti e do qual as autoridades colombianas declararam ter conhecimento de sua participação no planejamento e na organização dos fatos que acabaram com a vida do presidente haitiano em sua residência no capital do país Caribe.
Em entrevista coletiva, o chefe da Polícia colombiana explicou que Rivera García, juntamente com o ex-militar dessa nação Duberney Capador Giraldo – que foi morto em solo haitiano – e uma terceira pessoa ainda não identificada, foram ao Haiti no dia 10 Maio por passagem de fronteira com a República Dominicana. Já no país de destino, eles se encontraram com um médico haitiano, capturado e considerado o autor intelectual do assassinato de Jovenel Moïse, chamado Christian Emmanuel Sanon.
General Jorge Luis Vargas Valencia
@DirectorPolicia
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15 de julho 2021
Em resposta a @DirectorPolicia
Sabemos que os cidadãos colombianos Germán Rivera e Duberney Capador participaram do planejamento e organização do que foi inicialmente uma suposta operação para prender o presidente do #Haiti e para isso contataram mais pessoas em nosso país.
General Jorge Luis Vargas Valencia
@DirectorPolicia
Sabe-se que Rivera recebeu $ 50.000 dos Estados Unidos antes do assassinato e que junto com Capador eles entraram em #Haiti por uma passagem de fronteira em #RepublicaDominicana
Conforme noticiado nesta quinta-feira, até o momento 18 colombianos foram capturados, três mortos durante operações das forças de segurança, enquanto outros três que estavam na República Dominicana e no Haiti estão sendo revistados e foram relacionados no caso.
E Vargas acrescentou: “Inicialmente era uma suposta operação para prender o presidente do Haiti”, como declararam alguns dos presos.
Rivera e Capador foram os responsáveis por contatar mais pessoas na Colômbia. Antes de chegar a Porto Príncipe, eles participaram de diversos encontros realizados em diversos países, inclusive nos Estados Unidos. Atualmente, eles estão trabalhando para identificar aqueles que os ajudaram a obter os vistos correspondentes. Eles ainda não foram capazes de identificar a fonte exata de financiamento.
General Jorge Luis Vargas Valencia
@DirectorPolicia
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15 de julho 2021
Ratificamos nosso apoio do Escritório Central Nacional da INTERPOL Colômbia às autoridades de #Haiti, que têm autonomia de investigação para esclarecer este fato. Nossa comissão enviada continua a trabalhar nesta missão cooperativa.
General Jorge Luis Vargas Valencia
@DirectorPolicia
Além dos 21 colombianos identificados no âmbito da investigação (3 neutralizados e 18 capturados), estamos em processo de localização de mais 3 que estariam em # RepúblicaDominicana e #Haiti e que estariam relacionados a este caso.
Além do encontro com Christian Emmanuel Sanon, soube-se daquele registrado junto ao cidadão haitiano-americano James Solages, que se entregou às autoridades policiais haitianas após o assassinato do dignitário.
Segundo o diretor da Polícia colombiana, “Germán Rivera teve contato com 12 pessoas no Haiti, todas as informações técnicas já estão em poder das autoridades haitianas; e Duberney Capador também teria contato com dez pessoas no Haiti ”.
(Com informações da RT em espanhol)